segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Paris Deal Would Herald an Important First Step on Climate Change

PARIS — President Obama and more than 100 world leaders will convene with thousands of diplomats on Monday on the outskirts of Paris to open two weeks of intense negotiations aimed at forging an accord that could begin to avert the most devastating effects of global warming and redefine the economy of the 21st century.

Here is a guide to what is at stake. If the talks fail — as they did in two previous attempts to achieve such a deal — then nations will continue on a trajectory that scientists say locks the planet into a future of rising sea levels, more frequent floods, worsening droughts, food and water shortages, destructive hurricanes and other catastrophic events.

Recent scientific reports have concluded that the first effects of human-caused climate change have already started to sweep across the Earth, from rising sea levels flooding Miami to savage heat waves in Australia. The National Oceanic and Atmospheric Administration projects that 2015 will be the hottest global year on record, beating the record set in 2014.

Article writen by Coral Davenport (in full) to The New York Times.

domingo, 29 de novembro de 2015

COP21: Sustainable Innovation Forum 2015 (French version)

Consolider le succès à Paris

Le Sustainable Innovation Forum (SIF15); le plus grand événement parallèle axé sur l’entreprise, et étant organisé pendant la Conférence annuelle des Parties (‘Conference of Parties’, COP), se déroulera de nouveau en 2015 le 7 et le 8 Décembre dans la commune du Bourget près de Paris.

Convoquant d’une façon intersectorielle des participants venant d’affaires, des gouvernements, des Nations Unies, des ONG et de la société civile durant COP21, SIF15 sera une occasion unique pour favoriser l’innovation en entreprise dans l’arène du changement climatique. Se fondant sur le travail effectué durant toute l’année par Climate Action et le PNUE, l’événement (prolongé sur 2 jours) du Forum pour l’Innovation Durable 2015 accélérera le développement international durable et apportera davantage d’importance à l’innovation pour la faible émission de carbone.

Cette plateforme colossale en matière d’affaires incitera au dialogue, permettra la collaboration et mettra en valeur des solutions transformatrices concernant les défis climatiques. Présentant en tant qu’orateurs plus de 80 parmi les experts les plus importants, cet événement présentera également des séances plénières de haut niveau, des tables rondes interactives, des ateliers, des éléments culturels et des occasions d’optimiser ses relations et d’accroître les contacts.

Lire plus/Ler mais: http://www.cop21paris.org/fr

COP21: Sustainable Innovation Forum 2015

Bolstering Success in Paris


The Sustainable Innovation Forum (SIF15) is the largest business focused event held during the annual Conference of Parties (COP), taking place this year on 7- 8 December at COP21 at Stade de France (gate E) in Paris.

Building on year-round work from Climate Action and the UN Environment Programme, the 2 day Forum will convene cross-sector participants from business, Government, finance, UN, NGO and civil society to create an unparalleled opportunity to bolster business innovation and bring scale to the emerging green economy.

SIF15 Highlights:


  • 750+ attendees - the largest number of global stakeholders at any commercially-inclusive side event at COP21
  • International attendance – meet decision makers from across the globe with delegates spanning 43 countries at SIF14
  • Over 80 world class speakers including country Ministers, industry CEOs and international thought leaders
  • Interactive discussion panels throughout the event, allowing for in-depth debate via audience Q&A and polls
  • Workshops and co-located events to maximise content and networking opportunities throughout the two days

Read more/Ler mais: http://www.cop21paris.org/

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Desastre de Mariana-MG: ‘Medidas do governo, Vale e BHP Billiton foram claramente insuficientes’

A análise é de dois especialistas independentes da ONU em direitos humanos, que cobraram medidas efetivas. “Este não é o momento para uma postura defensiva. Não é aceitável que tenha demorado três semanas para que informações sobre os riscos tóxicos da catástrofe da mina tenham vindo à tona”, disseram no comunicado
Dois especialistas das Nações Unidas em direitos humanos – sobre meio ambiente e resíduos tóxicos – pediram nesta quarta-feira (25) ao governo brasileiro e às empresas envolvidas que tomem medidas imediatas para proteger o meio ambiente e a saúde das comunidades em risco de exposição a substâncias químicas tóxicas, em decorrência do colapso catastrófico de uma barragem de rejeitos no dia 5 de novembro de 2015.
“Este não é o momento para uma postura defensiva”, disseram o relator especial das Nações Unidas sobre direitos humanos e meio ambiente, John Knox, e o relator especial sobre direitos humanos e substâncias e resíduos perigosos, Baskut Tuncak. “Não é aceitável que tenha demorado três semanas para que informações sobre os riscos tóxicos da catástrofe da mina tenham vindo à tona.”
“As medidas tomadas pelo governo brasileiro, a Vale e a BHP Billiton para evitar danos foram claramente insuficientes. O governo e as empresas devem fazer tudo ao seu alcance para evitar mais danos, incluindo a exposição a metais pesados e outras substâncias químicas tóxicas”, enfatizaram.
Uma nova evidência mostra o colapso de uma barragem de rejeitos pertencentes a uma ‘joint venture’ entre a Vale e a BHP Billiton (Samarco Mineração S.A.), que lançou 50 milhões de toneladas de resíduos de minério de ferro, contendo altos níveis de metais pesados tóxicos e outros produtos químicos tóxicos, no rio Doce. Hospitais em Mariana e Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, receberam vários pacientes.
“A escala do dano ambiental é o equivalente a 20 mil piscinas olímpicas de resíduos de lama tóxica contaminando o solo, rios e o sistema de água em uma área de mais de 850 quilômetros”, alertou Knox.
O especialista lembrou que o rio Doce, uma das grandes bacias hidrográficas do Brasil, “agora é considerado morto por cientistas, e a lama tóxica está seguindo lentamente seu caminho rio abaixo em direção ao Parque Nacional Marinho de Abrolhos, onde ela ameaça a floresta protegida e o habitat”. Infelizmente, a lama já entrou no mar na praia da Regência, um santuário para tartarugas ameaçadas de extinção e uma rica fonte de nutrientes da qual depende a comunidade pesqueira local.
“As autoridades brasileiras devem avaliar se as leis do Brasil para a mineração são consistentes com os padrões internacionais de direitos humanos, incluindo o direito à informação”, disse Tuncak, que recentemente apresentou um relatório especial (*) sobre o direito à informação no contexto de substâncias perigosas ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.
“De acordo com as normas internacionais de direitos humanos, o Estado tem a obrigação de gerar, avaliar, atualizar e disseminar informação sobre o impacto ao meio ambiente e substâncias e resíduos perigosos, e as empresas têm a responsabilidade de respeitar os direitos humanos, incluindo conduzindo devida diligência em direitos humanos”, destacou o especialista.
Os relatores especiais afirmaram que “este desastre serve como mais um exemplo trágico do fracasso das empresas em conduzir adequadamente devida diligência em direitos humanos para prevenir violações de direitos humanos.”.
“Nunca haverá um remédio efetivo para vítimas cujos entes queridos e meios de subsistência possam agora se encontrar sob os restos de uma maré de resíduos tóxicos, nem para o meio ambiente que sofreu um dano irreparável”, eles disseram. “A prevenção do dano deve estar no centro da abordagem de empresas cujas atividades envolvem substâncias e resíduos perigosos.”
John Knox foi nomeado relator especial sobre a questão das obrigações de direitos humanos relacionados ao desfrute de um meio ambiente seguro, limpo, saudável e sustentável pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para um segundo mandato em 2015. O Conselho solicitou que Knox convoque um seminário sobre a aplicação efetiva das obrigações de direitos humanos relacionados com o meio ambiente, desafios e o caminho a seguir. Para mais informações, clique aqui.
Baskut Tuncak foi nomeado relator especial sobre as implicações para os direitos humanos do manejo ambientalmente saudável e a eliminação de substâncias e resíduos perigosos pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU em 2014. Para mais informações, clique aqui.
Os relatores especiais fazem parte do que se conhece como “Procedimentos Especiais” do Conselho de Direitos Humanos. “Procedimentos Especiais”, o maior órgão de especialistas independentes no sistema de direitos humanos das Nações Unidas, é o nome atribuído aos mecanismos de investigação e monitoramento independentes do Conselho, que trabalha sobre situações específicas de cada país ou questões temáticas em todas as partes do mundo.
Os especialistas dos Procedimentos Especiais trabalham a título voluntário; eles não são funcionários da ONU e não recebem um salário pelo seu trabalho. São independentes de qualquer governo ou organização e prestam serviços em caráter individual.
Acesse a página sobre Direitos Humanos da ONU relacionada ao Brasil aqui.

ONU via JC online

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

400 ppm CO2 y 1ºC más. Hacia un medio ambiente desconocido por la humanidad



A pesar de la evidencia científica y de los acuerdos internacionales para frenar las emisiones de gases de efecto invernadero, causadas por la quema de combustibles fósiles en su mayor parte,  no han dejado de crecer globalmente, solo el año del inicio de la crisis hubo una ligera reducción, inferior a la esperada pero desde entonces cada año batimos desgraciadamente el récord de emisiones.
Las consecuencias no se han hecho esperar, por primera vez la especie humana viviremos en una atmósfera con 400 ppm de CO2 y la presencia también muy elevada de otros gases de efecto invernadero.
Por primera vez en la existencia de la civilización humana también rebasamos en 1ºC, sobre la era industrial la temperatura media global de la superficie terrestre.
Entramos así en escenarios desconocidos y que solo por estudios del clima es etapas remotas, mediante la paleoclimatología y modelos informáticos, podemos atisbar.
En parte ya estamos soportando impactos negativos del Cambio Climático, tanto en nuestro entorno cercano como e territorios alejados, la mayor frecuencia de fenómenos climáticos extremos como lluvias torrenciales, vendavales, huracanes, olas de calor, sequías pertinaces, invasión marina de nuestras costas nos indican  que hemos entrado en un nuevo normal, como lo define la comunidad científica. Estamos jugando con los dados cargados con el clima de la Tierra.
Los récord de temperatura caen uno tras otro y la elevación de la temperatura media incrementa la presencia de vapor de agua en la atmósfera, retroalimentando el efecto invernadero y dopando el ciclo del agua. Las leyes de la física nos dicen que una elevación de 1ºC de la temperatura media lleva aparejado el incremento del 7% del vapor de agua en nuestra atmósfera.
La civilización humana ha sido posible gracias a un clima benigno que estamos disfrutando desde hace unos 10000 años, denominado Holoceno. La alteración que nuestras actividades están produciendo nos encaminan a escenarios similares a los existentes en la Tierra hace 3 millones de años, el Plioceno
Las actuales variaciones climáticas esta ya dejando sentir sus consecuencias, no solo en las variables climáticas que anteriormente he señalado, si no que también está golpeando las vidas y salud de las personas relacionadas con los fenómenos climáticos extremos y la extensión en el territorio y en el tiempo de enfermedades, tal y como los informes de la Organización Mundial de la Salud ha expuesto; a la vez que está ocasionando pérdidas económicas cuantiosas por destrozos de viviendas, infraestructuras y severos daños en las cosechas.
¿Es el camino emprendido por nuestro clima irreversible? No en su mayor parte. Algunos cambios ya están comprometidos, hemos hecho gastos con nuestra tarjeta de crédito del clima; pero dado que los  problemas originados son causa de nuestro actual modelo social, gran parte de los cambios más peligrosos para nuestra civilización y en consecuencia para las generaciones venideras inmediatas, pueden ser evitados cambiendo este modelo.

Noaa-1 
Tenemos el conocimiento científico sobre las causas y el aviso de la comunidad científica sobre posible devenir del problema ocasionado, tenemos las tecnologías energéticas renovables que pueden torcer el curso actual, abandonado los combustibles fósiles, tenemos órganos de gobernanza mundial y medios de comunicación que nos permiten ponerlas en marcha en todo el mundo ya, ahora.
¿Qué nos falta entonces? Nos falta la decisión clara de nuestros gobernantes para poner en marcha el proceso. Para ello tienen una cita, en unos días, en París, en la reunión de Convenio de la Partes sobre Cambio Climático, COP21. Ustedes tienen hijas e hijos al igual que quienes estamos gobernados. Salgamos urgentemente de la Era de la Estupidez Humana. No malgasten más tiempo, no nos lo podemos permitir. Dejen de hablar y tomen medidas.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Pesquisa mostra que El Niño será o terceiro mais forte da história

Os efeitos do fenômeno El Niño são bastante conhecidos nas regiões Sul, Norte e Nordeste do país, enquanto no Sudeste e no Centro-Oeste os efeitos são difíceis de serem previstos. O Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgou hoje (17) pesquisa que mostra o impacto do El Niño sobre a ocorrência de tempestades no Sudeste durante o verão 2015/2016.
Segundo os resultados da nova pesquisa, para o verão o El Niño será muito forte – deve ser o terceiro mais forte desde 1950, depois de 1983 e 1998. A previsão é de um aumento na ocorrência de tempestades, em relação ao último verão, de 20% na Região Sul, 20% no Sudeste e 10% no Centro-Oeste. Nas regiões Norte e Nordeste é prevista uma diminuição das tempestades de 10% e 15%, respectivamente, em relação ao último verão. A pesquisa foi baseada em dados de tempestades no verão dessas regiões desde 1950.
“Ao cruzarmos esses percentuais de previsão com a densidade populacional, somos levados a pensar que o número de mortes por raios no próximo verão pode aumentar se não alertarmos adequadamente a população sobre os efeitos do El Niño”, disse o coordenador do Elat, Osmar Pinto Junior.
Os dados da Rede Brasileira de Detecção de Descargas Atmosféricas (BrasilDAT) do último trimestre (agosto, setembro e outubro), já sob o efeito do El Niño, confirmam essas tendências. De acordo com o coordenador do Elat, o aumento preocupa e parece indicar que não só a ocorrência de tempestades, como a intensidade delas, aumenta em decorrência do fenômeno climático.

FONTE: Agência Brasil via Blog PoliticaEmFoco

MCTI firma acordo de cooperação marinha com a União Europeia

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, e o comissário europeu para Pesquisa, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, assinaram nesta terça-feira (17), no Rio de Janeiro, uma declaração conjunta de intenções a fim de ampliar a cooperação entre o Brasil e a União Europeia (UE) em pesquisas oceanográficas focadas no Oceano Atlântico.
O acordo abrange projetos relacionados à abordagem ecossistêmica; mudanças climáticas; sistema de observação e modelagem; segurança marítima; saúde e bem-estar; protocolos de amostragem; acesso e uso de dados; e novas tecnologias para atender as necessidades da sociedade.
Para o ministro Celso Pansera, o acordo bilateral é estratégico, tanto para o Brasil quanto para a União Europeia por permitir um intercâmbio maior entre os pesquisadores das duas regiões. Além disso, ele frisou a relevância brasileira na pesquisa do Atlântico Sul, parte fundamental para entender o funcionamento de todo o Atlântico, inclusive nas porções Tropical e Norte.
“A proposta de uma colaboração em pesquisa no Atlântico permite intensificar a troca de pesquisadores e formação conjunta de recursos humanos em pesquisa marinha, bem como aumentar a produção de conhecimento sobre o Atlântico”, afirmou o ministro. “O Brasil é, hoje, um parceiro importante na pesquisa oceânica global. Fato é que a pesquisa oceânica de escala global não pode ser realizada senão pelas vias colaborativas e da intensa troca entre parceiros, em especial parceiros da Europa”, completou.
Atualmente, a UE conta com 11 projetos de pesquisa marinha no Atlântico Norte. Segundo Carlos Moedas, é possível aplicar parte do conhecimento adquirido nos estudos naquela região na parte austral do oceano. Para tanto, é preciso maturar a parceria com o Brasil no Atlântico Sul. O comissário europeu estipulou um prazo de seis meses para estruturar todo o projeto.
“A experiência que temos é que queremos montar no próximo ano um programa de ciência em que vamos ter exatamente os tópicos no detalhe do que poderemos fazer em conjunto”, contou. “No nosso acordo sobre o Atlântico Norte temos 11 projetos em funcionamento, alguns deles em parceria com o próprio Brasil, a África do Sul. Poderemos replicar, eventualmente, projetos muito similares a esse, e os projetos do Norte também poderão funcionar com o próprio Sul”.
“O Atlântico é um só. Teremos seis meses para avaliar e ver todos esses números. Primeiro, é importante a vontade política, e depois definir um programa de ciência”, observou Moedas.

Temas
Sete áreas foram elencadas como prioritárias para a cooperação bilateral: observação oceânica transatlântica e sistemas de previsão; segurança alimentar, incluindo aquicultura; conservação e uso sustentável da biodiversidade do Atlântico, incluindo usos inovadores como biotecnologia; tecnologia oceânica; mentalidade marinha; interações continente-oceano, incluindo fluxo de nutrientes; e pesquisa polar, especialmente as interligações entre o Atlântico e a Antártica.
Os temas selecionados estão sendo discutidos no Workshop Cooperação Brasil-União Europeia em Pesquisa Marinha, que termina nesta terça-feira. O encontro acontece na sede da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e reúne pesquisadores brasileiros europeus para discutir aspectos da cooperação entre as regiões.
“São vários os campos para o fortalecimento dessas atividades e que essas potencialidades foram perfeitamente levantadas e discutidas durante as sessões. Diante desta constatação, quero reiterar o compromisso do MCTI e do governo brasileiro em aprofundar os laços com a União Europeia em pesquisa marinha”, ressaltou Pansera.

Pesquisa conjunta
Com o acordo de cooperação, Brasil e União e União Europeia passam a compartilhar informações sobre as atividades desenvolvidas em cada área e a discutir as prioridades para ações conjuntas, o que vai permitir a identificação de desafios e metas comuns, bem como oportunidades de cooperação técnica e científica e o compartilhamento de apoio técnico e logístico.
Além disso, o planejamento das atividades de pesquisa e processos inovadores será alinhado e complementado entre pesquisadores brasileiros e europeus para assegurar sinergias e evitar eventual duplicação de esforços para pesquisa marinha no âmbito da cooperação bilateral. A parceria prevê ainda o intercâmbio de pesquisadores e técnicos entre universidades e institutos de pesquisa brasileiros e europeus.
Parte importante desta parceria é o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira. A estrutura de laboratórios da embarcação será um fator preponderante para a qualidade dos estudos a serem conduzidos pela parceria entre brasileiros e europeus, de acordo com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O Vital de Oliveira está em missão conjunta entre Brasil, Estados Unidos e França para a instalação de boias fixas de monitoramento de dados no Atlântico Norte, no âmbito do Projeto Pirata. A expectativa é que a embarcação atraque em águas brasileiras em 4 de dezembro.

Colaboração em pesquisa no Atlântico Sul e Tropical
Em outubro de 2015, Brasil, Argentina, África do Sul, Angola e Namíbia, juntamente com representantes dos estados membros da UE, começaram o processo de definição de uma agenda para colaboração em pesquisa científica no Atlântico Sul e Tropical. No Workshop Sul-Sul, realizado em Brasília (DF), Brasil e África do Sul assinaram uma declaração com o objetivo de aperfeiçoar os mecanismos de cooperação em pesquisa oceânica. Está prevista a criação de um grupo de trabalho para formular uma agenda que estimule projetos concretos a partir de instrumentos nacionais e internacionais existentes.
“A coordenação em pesquisa marinha com a União Europeia agrega à cooperação que estamos formando com nossos parceiros da África do Sul”, destacou Celso Pansera.

Fonte: MCTI via Jornal da Ciência

terça-feira, 17 de novembro de 2015

New Study Finds Limited and Uneven Water Reserves Near Earth's Surface

Roughly 5.5 million cubic miles of groundwater are stored in the earth’s crust, according to new research published in the journal Nature Geoscience, but the resource is distributed unevenly across the globe, as shown in this map. Combining data with models on the permeability and porosity of rocks and soils, and on water table gradients, researchers illustrated the depth of groundwater around the world. If earth's groundwater were to cover the planet's surface evenly, the scientists predicted that the pool would be approximately 600 feet deep. However, only six percent of this groundwater is usable for most purposes. This water, which is closer to the surface, is also more sensitive to climate change and human contamination. The research highlights how unevenly this resource is distributed across the globe, scientists say, as well as the need to manage water reserves in a sustainable way.


Image credit: Gleeson, et al./Nature Geoscience


Via e360 Yale

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Atmospheric wind speed measured on exoplanet

Ars Technica: For the first time, scientists have been able to determine wind velocities on an exoplanet. Located some 60 light-years from Earth, HD 189733b is so remote that its winds cannot be measured directly. However, Tom Louden and Peter Wheatley of the University of Warwick in the UK found that by monitoring the exoplanet as it passed in front of its host star they could study the movements of the atoms and molecules in its atmosphere because of the wavelengths of light that they absorbed. The researchers could then determine the particles’ velocities by the amount of redshifting or blueshifting of that light. Once they'd accounted for the planet’s own rotation, the researchers determined that the planet’s winds are moving quickly, at some 8500 km/hour.

Via Physics Today

Flooding in Brazil After Dam Breach #Mariana-MG

acquired October 11, 2015 download large image (14 MB, JPEG, 4000x4000)
acquired November 12, 2015 download large image (14 MB, JPEG, 4000x4000) 
Two dams that hold waste from an iron ore mine in southeast Brazil collapsed on November 5, 2015, sending a torrent of sludge through the nearby village of Bento Rodrigues. The muddy floodwaters destroyed hundreds of homes, and rescuers searched for missing residents.
The Operational Land Imager (OLI) on Landsat 8 captured these natural-color views of the village and the surrounding region. The top image shows the area on October 11, before the incident; the bottom image shows the area afterward, on November 12. Turn on the image comparison tool to see areas where mud was still visible about a week after the dams broke.
The Wall Street Journal reported that 60 million cubic meters of wastewater were unleashed, most affecting Bento Rodrigues, which lies to the southeast. The village happens to be located close to the breach, and sits in a river valley just below one of the dams.
The effects of the flooding, however, were felt far beyond Bento Rodrigues. The image shows myriad rivers far from the village that remained swollen and inundated with mud. East of this image in Barra Longa—a village about 80 kilometers (50 miles) away from the dams—the river had surged up to 15 meters and flooded homes, according to Reuters. As health officials conducted tests, cities as far as 300 kilometers (200 miles) downstream lost access to drinking water.
As of November 12, rescuers had recovered the bodies of nine people, according to ABC News; 19 people were still missing.
NASA Earth Observatory images by Joshua Stevens, using Landsat data from the U.S. Geological Survey. Caption by Kathryn Hansen.
Instrument(s): Landsat 8 - OLI
 
Via NASA - Earth Observatory
 

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Inspiring youth to engage in the climate discussion: #Youth4Climate

#Youth4Climate is a social media campaign organized by a flotilla of partners to inspire young people around the world to take action on climate change.

Why does climate change education matter?

As the United Nations Framework Convention on Climate Change says in Article 6, education contributes to the solutions being developed to respond to the challenges and opportunities presented by climate change.
“The solutions to climate change are also the paths to a safer, healthier, cleaner and more prosperous future for all. To see this and to understand what needs to be done requires a sharp and sustained focus on education, training and public awareness in all countries and at all levels of government, society and enterprise.”
Key points on why climate change education matters:
  • - Long-term, independent records from weather stations, satellites, ocean buoys, tide gauges, and many other data sources all confirm that our nation, like the rest of the world, is warming. Scientists who study climate change confirm that these observations are consistent with significant changes in Earth’s climatic trends. (U.S. National Climate Assessment, 2014)
  • - Over the 21st century, climate scientists expect Earth’s temperature to continue increasing, very likely more than it did during the 20th century. Two anticipated results are rising global sea level and increasing frequency and intensity of heat waves, droughts, and floods. These changes will affect almost every aspect of human society, including economic prosperity, human and environmental health, and national security. (USGCRP Climate Literacy, 2009)
  • - Climate change will bring economic and environmental challenges as well as opportunities, and citizens who have an understanding of climate science will be better prepared to respond to both. (USGCRP Climate Literacy, 2009)
  • - Society needs citizens who understand the climate system and know how to apply that knowledge in their careers and in their engagement as active members of their communities. (USGCRP Climate Literacy, 2009)
  • - Climate change will continue to be a significant element of public discourse. Understanding the essential principles of climate science will enable all people to assess news stories and contribute to their everyday conversations as informed citizens. (USGCRP Climate Literacy, 2009)

The #Youth4Climate social media campaign is an effort led by the National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), the U.S. Department of Energy, the Association of Science-Technology Centers (ASTC), the CLEAN Network, The Wild Center, the World Bank Group’s global partnership program Connect4Climate, Climate Generation: A Will Steger Legacy, Alliance for Climate Education, Earth Day Network, Climate Interactive, and others. It is an open discussion for all to join the youth call for climate action.
Young people are one of the largest demographics in the world — approximately one billion youth roam the globe today. Climate education is now a necessary foundation for those young people. In order to tackle the complex issue of climate change, we need leaders with the skills, knowledge, and passion to push for, and innovate solutions.
With their knowledge, young people are already the leaders of this generation. They are already demanding ambitious action on climate change and leading a youth climate movement. The #Youth4Climate coalition is supporting them all the way on the road to and through Paris.
We are excited to join forces and support them by giving them a voice and an opportunity to lead in Paris and beyond. We know the solutions are here, and are committed to working together to build a resilient climate-friendly world. Join us at #Youth4Climate.

Read more here.
 

COP21: mudanças climáticas e impactos na economia

Nas últimas décadas, os avisos da natureza começaram a apontar uma maior necessidade da sociedade em dar atenção a questões relacionadas às mudanças climáticas no planeta. Com este pano de fundo, as Nações Unidas organizam uma reunião anual com as principais autoridades governamentais de diversos países para discutir sobre como devemos lidar com as mudanças climáticas, que apresentam consequências aparentemente cada vez mais drásticas, tais como secas prolongadas, tempestades, derretimento dos polos e aumento do nível dos oceanos.
A próxima Conference of the Parties (COP), em sua 21ª edição, marcada para acontecer entre 30 de novembro até o dia 11 de dezembro deste ano, em Paris, será uma das mais importantes já realizadas. As chances de sucesso agora são mais altas, já que todos os países signatários da ‘Convenção – Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima’ (United Nations Framework Convention on Climate Change – UNFCCC) antecipadamente concordaram em assinar um tratado vinculante até 2015, para reduzir suas emissões de gases causadores de efeito estufa.
O que favorece essa convicção positiva são os novos posicionamentos do mercado quanto ao tema. Uma delas foi a modificação nos cenários políticos dos dois maiores emissores de gases de efeito estufa no mundo, Estados Unidos e China, os quais flexibilizaram as negociações e no ano passado anunciaram que irão cortar suas emissões de gases até 2025 e 2030, respectivamente. Além disso, houve uma drástica redução nos custos das tecnologias capazes de diminuir tais emissões ao meio ambiente, isso em razão do aumento de projetos de energia renováveis disponíveis e pela maior facilidade em financiar a aquisição desses recursos – como é o caso dos títulos verdes (green bonds) e do financiamento coletivo (crowdfunding).
A grande questão, aqui, é de que maneira os novos comprometimentos, com os quais as nações estão dispondo-se no decorrer dos próximos anos, afetarão as empresas e a economia. Há previsão de que as atividades intensivas na emissão de carbono (como, por exemplo, as que geram energia a partir da queima de derivados de petróleo) se tornarão mais caras e as organizações terão de lidar com regulamentações mais rigorosas, preços de carbono menos acessíveis e metas de corte de emissões de gases mais rígidas.
Contudo, os efeitos da mudança do clima obrigarão as empresas a estabelecerem um plano de resiliência para lidar e adaptar as atividades em detrimento dos impactos, como escassez de água, clima extremo, migrações populacionais e instabilidade social. Na contramão disso, no entanto, vantagens surgirão, como, obviamente, a de tornar-se uma empresa de emissões reduzidas de poluentes; e oportunidades também estarão em vista, criadas pelo crescimento da economia sustentável embasada em energias renováveis.
Apesar de rigorosas consequências que já afetam o meio ambiente, medidas urgentes são necessárias para lidar agora com essa questão, e os governos em todo o mundo, com o auxílio das empresas e da sociedade civil, precisarão trabalhar para dissociar as emissões de gases de efeito estufa do crescimento econômico e direcionar o mundo para uma economia de baixo carbono.
Nesse sentido, o caminho para uma atividade perene e sustentável é que as organizações e seus administradores apliquem tempo e experiência para o aprimoramento no desenvolvimento ambiental e social das empresas; isso inclui tornar permanente a mensuração e a redução das emissões de carbono, bem como a preparação e divulgação de informações transparentes e confiáveis sobre tais emissões, apresentando à sociedade e ao mercado a contribuição da empresa na minimização dos efeitos das mudanças climáticas.
* Ricardo Zibas é sócio-diretor responsável pela prática de sustentabilidade da KPMG no Brasil e América Latina.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Global Temperatures and Greenhouse Gases on Highest Levels

Global temperatures and greenhouse gases hit record highs via





Temperature rise toward the 1 degree Celsius threshold, seen in UK Met Office data.
Image: Met Office

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Climate change could drive millions into poverty

Climate change could create 100 million poor, over half a billion homeless

Rising sea levels from unchecked carbon emissions could drive more than 100 million people into extreme poverty and submerge the homes of over half a billion, two new reports say.

The reports have been released ahead of the United Nation's 21st annual global conference on climate change -- known as COP21 -- being held in Le Bourget, France from 30 November to 11 December, 2015.

Extreme poverty

Climate change is an acute and pressing threat to the poor and any climate stabilization policies must be integrated with efforts to eliminate poverty, according to a new report from the World Bank.

The study found that rising global temperatures stand to push more than 100 million people into extreme poverty in the next 15 years, with sub-Saharan Africa and South Asia most at risk.

Climate-related "shocks" are already impeding efforts to reduce poverty, according to the report, particularly through crop losses, food price shocks and other impacts on agriculture, which is the main source of income for most poor families.

Climate change also increases the risk of waterborne diseases and the transmission of malaria, with a warming of 2 to 3°C likely to put an extra 150 million people at risk for malaria.

"The report demonstrates that ending poverty and fighting climate change cannot be done in isolation -- the two will be much more easily achieved if they are addressed together," said Stephane Hallegatte, a World Bank senior economist who led the research report team.

"And between now and 2030, good, climate-informed development gives us the best chance we have of warding off increases in poverty due to climate change."

Other than reining in carbon emissions -- one of the major topics to be debated at the COP21 global climate summit -- countries can prepare by developing early warning systems for flood protection and introducing heat-resistant crops.

Read more @ CNN - By Tiffany Ap, for CNN

Festival ANCORÁ acontece em dezembro em Cerro Corá - RN.

Os arredores da nascente do Rio Potengi é terra de povo hospitaleiro, boa gastronomia e temperatura agradável: o cenário perfeito para levar a magia da sétima arte ao público. De 10 a 12 de dezembro, o município de Cerro Corá, localizado a 190 km da capital potiguar, recebe a segunda edição do Festival Ancorá – Curta Ambiental Nordeste Cerro Corá.
Sob a temática “Água, Desafios e Sustentabilidade”, o festival será composto por mostras de curtas-metragens, sendo inclusos também os filmes produzidos nas oficinas de formação propostas pelo Festival. O evento também ressalta os problemas da seca e da importância da consciência ambiental através dos recursos da linguagem cinematográfica.



domingo, 8 de novembro de 2015

#EarthToParis, this is about all of us



The 2015 Paris Climate Change Conference is starting November 30th, and Jack Black wants you to know that it isn’t about him. It isn’t about cute animal videos, it isn’t about the pope or saving one tree. 
It’s about saving all the trees. It’s about saving the one and only Earth we have.
Since the inception of The United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC) 21 years ago, countries from around the world have been meeting to discuss one of the biggest dangers humanity has ever faced: Climate Change. 
Every year they come together and try to reduce greenhouse gas emissions, lower pollution and work on green energy. 
But this year is critical because we need climate action now, and the Paris climate change conference is a can’t miss opportunity for the world to reach a new climate change agreement that launches bigger action.
Our situation is becoming dire. Action needs to happen now. No more dawdling. 
Nine out of ten of the warmest years on record have occurred since 2000, and atmospheric carbon dioxide levels are the highest that they’ve been in over 800,000 years.
“This is the turning point,” the video says. “Never before have we had a moment like this. With the awareness, the will and the technology to fight it.”
#EarthToParis is about all of us. Everyone we love, everyone we care about, they’re all affected by global warming. #EarthToParis is more than a hashtag, it’s a movement. It’s about showing the world that we won’t stand idly by as our world is ruined. It’s about telling our leaders to make bold commitments to combat climate change. 


sábado, 7 de novembro de 2015

SECA: Natal vive descolada da realidade do interior

7 de novembro de 2015 — por Daniel Menezes

Os reservatórios do nordeste atingiram 7,8% da sua capacidade de armazenamento. No Rio Grande do Norte, das 157 cidades já temos 12 em total colapso, ou seja, não cai um pingo sequer das torneiras e 79 vivem em sistema de rodízio. Dos 157 municípios, 153 estão com decratação de calamidade em decorrência da escassez de água. Só temos 20% da nossa possibilidade de água guardada e 40% dos reservatórios secaram ou estão na reserva técnica do volume morto.
Diante de um quadro tão assolador por qual razão a agenda da seca não comove os moradores de Natal? Tão impressionante como o esvaziamento de gargalheiras em Acarí, do Itans em Caicó e até da imensa barragem Armando Ribeiro em Assú, é a forma como está sedimentada uma nítida assimetria entre a capital e o interior.
Nas minhas pesquisas eleitorais, constato com o “problema da água” só sensibiliza quem o vive diretamente. Em Natal, o número de cidadãos que alegam ser a seca o nosso principal problema no RN atinge o nível do ridículo, ao passo que ele se apresenta como fundamental, na medida em que ingressamos nos grotões do RN e cidades com centralidade regional. A capital vive uma abundância no quesito em pauta incompatível com as condições estaduais. Quem não tem parentes, não tem ligações com municípios que convivem com o cenário adverso simplesmente desconsidera o contexto.
UNIVERSIDADES E A SECA
A “alienação” diante do problema não se restringe ao cidadão natalense atomizado. A agenda também não é mobilizada e trabalhada pelas instituições com possibilidades civilizatórias para tanto. Nas universidades, por exemplo, o assunto é pouco debatido. Alias, há uma inversão, que é sintoma da forma como os professores e pesquisadores universitários vivem colonizados por uma pauta europeia e/ou americana. A chamada discussão de direitos “pós-materialistas” (livre expressão de diferenças) ganha centralidade, sem que uma base de igualdade mínima tenha sido reconhecida e estabelecida. É isto o que leva as pessoas se incomodarem, quer seja defendendo ou condenando, muito mais com uma questão de gênero numa prova do ENEM do que com a falta da água no interior.
Em uma conversa com um militante de esquerda, ele me dizia que os moradores de Caicó não se preocupavam com a questão da reforma política. Sua descrição era de condenação. É esta estranha hierarquia que tento apresentar, pois o agente político não se toca que reforma política não é urgência para quem está sem água.
O PAPEL DO GOVERNO
O governo pouco se movimenta também no sentido de ir além da ideia de redistribuir água e encaminhar a logística de envio de carros pipa. A impressão que fica é que há um receio de “mexer” com os moradores da capital e arcar com um possível ônus de “levar a seca para Natal”.
Talvez esteja no cálculo político perigoso e com consequências imprevisíveis que faz com que o governo procure a inércia, ao invés de fazer uma grande mobilização em prol da economia de água, incentivo fiscal para quem compra descarga ecológica, medidas educativas voltadas para o armazenamento alternativo, multas para aqueles que desperdiçam, incluindo também Natal.
OS PROGRAMAS SOCIAIS
A agenda da seca também não ingressa com força em Natal em decorrência dos programas sociais. Pela primeira vez na nossa história, enfrentamos uma seca sem precedentes sem que os canteiros dos sinais fiquem cheios de famílias e saques aos armazens de comida e mercadinhos ocorram. O programa Bolsa Família cria um cinturão mínimo de proteção.
O fato é que este anteparo tem data de vencimento, pois se há recursos mínimos para a compra de mantimentos, já mais caros, não é possível fabricar água. E quando a água acabar – e, de acordo com a previsão para os próximos anos, ela vai acabar -, as pessoas virão para a capital aplacar a sede. Talvez, neste momento, nos lembraremos que Natal não é uma ilha dentro do Rio Grande do Norte e seremos pegos de surpresa.
ENGODO
Alguns deputados estaduais estão alegando por aí que a transposição do Rio São Francisco poderá minimizar os efeitos da seca. É cômico – e trágico – ler que fulano ou beltrano cobra a aceleração do grande empreendimento. Ora, ainda que concluída, não há hoje água para transpor. O velho chico está no volume morto. E se a água chegar, não existe infraestrutura, como saneamento e estações de tratamento, para recepcionar a água. Engodo sinalizador da total carência de soluções realistas.


Leio original em O Potiguar.

INDCS Signal Unprecedented Momentum for Climate Agreement in Paris

But Achieving 2 Degree Objective Contingent upon Enhanced Ambition in Future Years

INDCs represent GHG emission reductions of 4 to 6 gigatonnes of carbon dioxide equivalent per year (GtCO2e/yr) in 2030

Geneva, 6 November 2015 - Existing policies and strong engagement by nations submitting their contributions ahead of the Paris climate meeting will limit anthropogenic greenhouse gas (GHG) emissions by 2030, but a new climate agreement can encourage further action to limit global temperature rise to 2°C by 2100, according to a new United Nations Environment Programme (UNEP) report.
The Emissions Gap Report is an authoritative assessment undertaken by a team of leading scientists and modelling experts from around the world. It presents an assessment of the 119 Intended Nationally Determined Contributions (INDCs) submitted the UN Framework Convention on Climate Change (UNFCCC) by 1 October 2015, covering 146 countries (including the European Union submitting as a bloc) and up to 88 per cent of global GHG emissions in 2012.
The INDCs represent GHG emission reductions of 4 to 6 gigatonnes of carbon dioxide equivalent per year (GtCO2e/yr) in 2030 compared to projected emissions under current policy trajectories. 2030 projections based on current policies are themselves 5 GtCO2e per year lower than the estimate of 65 GtCO2e, based on the Intergovernmental Panel on Climate Change's Fifth Assessment Report scenarios, which assumed no additional climate policies are put in place after 2010.
This indicates that efforts to tackle climate change, including those taken before the Paris agreement and full implementation of the INDCs, could cut up to 11 GtCO2e from projected emissions in 2030. This is however around half of the total required to reach the global emission level of 42 GtCO2e in 2030 consistent with having a likely chance (>66 percent) of staying below the 2°C target in 2100.
The challenge is to bend the emissions trajectory down as soon as possible to ensure that the net zero emissions goal in 2060-2075 is within reach.
UNEP Executive Director Achim Steiner said, "The current INDCs, combined with policies over the last few years, present a real increase in ambition levels and demonstrate an unprecedented commitment and engagement by member states in tackling this major global challenge.
"The INDCs assessed in this Emissions Gap report signal a breakthrough in terms of international efforts to bend the curve of future emissions. While in themselves not sufficient to limit global temperature rise to the recommended level of 2°C this century, they represent a historic step in the direction of decarbonizing our economies. However, in order to close the gap it is essential that the Paris Agreement adopt a dynamic approach in which ambitions, the mobilization of climate finance and other forms of cooperation can be adjusted upwards at regular intervals."
If all INDCs are fully implemented, the 2030 emissions gap would still be 12 GtCO2e, putting the world on track to a temperature rise of around 3°C by 2100, and bringing significant climate impacts. However this scenario assumes that nations would not review and further accelerate efforts in subsequent years - i.e. in 2025 or 2030.The report also shows the uncertainties that exist for different scenarios based on the best available scientific evidence.
The report also recommends early action on climate to keep costs as low as possible and avoid deeper and more challenging cuts later.
With regard to the various potential scenarios for the emissions gap in 2025 and 2030, the report finds the following:
  • The global emission levels consistent with a chance of staying below the 2°C limit, following a least-cost pathway from 2020, 48 GtCO2e (range 46 to 50) in 2025 and 42 GtCO2e (range: 31 to 44) in 2030.
  • Emissions are projected to be 54 GtCO2e (range 53 to 58) in 2025 and 56 GtCO2e (range 54 to 59) in 2030, if all unconditional INDCs are implemented. This gives emission gaps of 7 GtCO2e (range 5 to 10) and 14 GtCO2e (range 12 to 17) in 2025 and 2030 respectively.
  • If conditional INDCs are included, the global emissions projection is 53 GtCO2e (range 52 to 56) in 2025 and 54 GtCO2e (range 52 to 57) in 2030. This would give emission gaps of 5 GtCO2e (range 4 to 8) and 12 GtCO2e (range 10 to 15) in 2025 and 2030 respectively.
  • If countries that have not yet submitted an INDC were to reduce their emissions at the same percentage as those that have already submitted, the gap would narrow by a further 0.5 GtCO2e in 2025 and 1 GtCO2e in 2030.
INDC process as foundation for closing the gap
The INDCs will likely have benefits beyond the estimated reductions to GHG emission levels as new climate policies and actions are being galvanized by the process, the report says. The preparation of the INDCs has incentivized the exploration of links between development and climate, and the development of new national climate polices, and may be considered as the first step in a transition towards low-carbon economies.
The Paris Agreement could build on and support these processes and provide the framework for mobilization of the enhanced mitigation efforts required, the report says.
Further options available
Enhanced energy efficiency - with a particular emphasis on industry, buildings and transport - and expanded use of renewable energy technologies for power production will be critical. Other key sectors emphasized in the studies include forestry, agriculture and waste.
In recognition of the significant opportunity for climate change mitigation through forest-related actions, the report includes a focus on REDD+ and finds the theoretical potential of reducing forest loss and restoring forests could be 9 GtCO2e/yr in Africa, Asia and the Pacific and Latin America and the Caribbean combined. However, economic and land-use factors are likely to reduce this theoretical potential.
This reflects the fact that forest loss, which reached 7.6 million ha per year between 2010-2015 accounts for the largest portion of emissions from land use. While the full potential of REDD+ has not yet been reached, many countries are expressing their willingness to undertake large-scale forest-related mitigation.
REDD+ also has the potential to contribute to the large-scale restoration of degraded forest landscapes, which would boost food production and support adaptation to climate change.
The impact of actions by International Cooperative Initiatives - such as the C40 Cities Climate Leadership Group, the Compact of Mayors, and the Cement Sustainability Initiative - can also be significant, the report finds. Preliminary assessments indicate an emission reduction in the range of the range of 0.75 to 2 GtCO2e in 2020.
For more information contact:
Shereen Zorba, Head of News and Media, United Nations Environment Programme, +254 788 526 000, shereen.zorba@unep.org, or
Michael Logan, News and Media Officer, United Nations Environment Programme
+254 725 939 620, michael.logan@unep.org

via UNEP News

O Ciclo da Água


Aprenda como é o ciclo que a água percorre na natureza em:



 

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

XXXIII ENCONTRO DE FÍSICOS DO NORTE E NORDESTE

Atualmente as regiões Norte e Nordeste possuem cerca de uma centena de instituições de ensino superior, mormente universidades e institutos federais, que possuem departamentos de física atuando no ensino de graduação, modalidades de bacharelado, licenciatura e ensino a distância e no ensino de pós-graduação, mestrados e doutorados acadêmicos e, mais atualmente, mestrado profissional. Essa comunidade é de aproximadamente mil doutores e milhares de estudantes, segundo dados da Sociedade Brasileira de Física.
A comunidade que participa dos EFNNEs é formada por profissionais e estudantes de Física de todos os níveis e com objetivos universais relacionados com a pesquisa, o ensino e a extensão. A importância e o alto nível adquiridos pelo EFNNE garantem a participação contínua desta comunidade nos eventos. O número de participantes tem sofrido variações ao longo das edições do EFNNE, devido a diversos fatores, sendo o principal deles, a limitação dos recursos financeiros liberados pelos órgãos de fomento para a realização do evento. Apesar desta dificuldade ser compreendida pela comunidade, ela espera que as políticas de fomento à ciência e tecnologia dos governos federal e estadual sejam mais estáveis, criando-se condições para que o crescimento do número de participantes e de trabalhos nos seguidos EFNNE’s sejam ampliados. Dessa forma, se contribuirá para a consolidação desta área de competência nas regiões Norte e Nordeste, e o consequente desenvolvimento das instituições de ensino e pesquisa de nível superior e da sociedade como um todo.
Em 2015, a trigésima terceira edição XXXIII EFNNE será realizada em Natal, (Salões de Eventos do Hotel Praia Mar) sob a responsabilidade do Departamento de Física Teórica e Experimental da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e do Departamento de Física do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN).

Brasileiros lideram ranking de preocupação com mudanças climáticas

Pesquisa mostra que população de China e EUA têm níveis de apreensão inferiores à mediana global

A grande maioria de pessoas entrevistadas em 40 países dos cinco continentes é favorável a que seus governos assumam compromissos de redução da emissão de gases que provocam efeito estufa na Conferência do Clima marcada para Paris em dezembro, revela levantamento do Pew Research Center, um dos mais respeitados institutos de pesquisa do mundo.

Veja o texto na íntegra:  Época Negócios

Leia também:
O Globo Online – Brasil é o país mais preocupado com o clima, diz pesquisa
O Estado de S. Paulo - 2/3 apostam em transformação de estilo de vida contra efeito da mudança climática

Via JC Online



quinta-feira, 5 de novembro de 2015

NASA Mission Reveals Speed of Solar Wind Stripping Martian Atmosphere

NASA’s Mars Atmosphere and Volatile Evolution (MAVEN) mission has identified the process that appears to have played a key role in the transition of the Martian climate from an early, warm and wet environment that might have supported surface life to the cold, arid planet Mars is today.
MAVEN data have enabled researchers to determine the rate at which the Martian atmosphere currently is losing gas to space via stripping by the solar wind. The findings reveal that the erosion of Mars’ atmosphere increases significantly during solar storms. The scientific results from the mission appear in the Nov. 5 issues of the journals Science and Geophysical Research Letters.
“Mars appears to have had a thick atmosphere warm enough to support liquid water which is a key ingredient and medium for life as we currently know it,” said John Grunsfeld, astronaut and associate administrator for the NASA Science Mission Directorate in Washington. “Understanding what happened to the Mars atmosphere will inform our knowledge of the dynamics and evolution of any planetary atmosphere. Learning what can cause changes to a planet’s environment from one that could host microbes at the surface to one that doesn’t is important to know, and is a key question that is being addressed in NASA’s journey to Mars.”
MAVEN measurements indicate that the solar wind strips away gas at a rate of about 100 grams (equivalent to roughly 1/4 pound) every second. "Like the theft of a few coins from a cash register every day, the loss becomes significant over time," said Bruce Jakosky, MAVEN principal investigator at the University of Colorado, Boulder. "We've seen that the atmospheric erosion increases significantly during solar storms, so we think the loss rate was much higher billions of years ago when the sun was young and more active.”
In addition, a series of dramatic solar storms hit Mars’ atmosphere in March 2015, and MAVEN found that the loss was accelerated. The combination of greater loss rates and increased solar storms in the past suggests that loss of atmosphere to space was likely a major process in changing the Martian climate.
The solar wind is a stream of particles, mainly protons and electrons, flowing from the sun's atmosphere at a speed of about one million miles per hour. The magnetic field carried by the solar wind as it flows past Mars can generate an electric field, much as a turbine on Earth can be used to generate electricity. This electric field accelerates electrically charged gas atoms, called ions, in Mars’ upper atmosphere and shoots them into space.
MAVEN has been examining how solar wind and ultraviolet light strip gas from of the top of the planet's atmosphere. New results indicate that the loss is experienced in three different regions of the Red Planet: down the "tail," where the solar wind flows behind Mars, above the Martian poles in a "polar plume," and from an extended cloud of gas surrounding Mars. The science team determined that almost 75 percent of the escaping ions come from the tail region, and nearly 25 percent are from the plume region, with just a minor contribution from the extended cloud.

Ancient regions on Mars bear signs of abundant water – such as features resembling valleys carved by rivers and mineral deposits that only form in the presence of liquid water. These features have led scientists to think that billions of years ago, the atmosphere of Mars was much denser and warm enough to form rivers, lakes and perhaps even oceans of liquid water.
Recently, researchers using NASA's Mars Reconnaissance Orbiter observed the seasonal appearance of hydrated salts indicating briny liquid water on Mars. However, the current Martian atmosphere is far too cold and thin to support long-lived or extensive amounts of liquid water on the planet's surface.
"Solar-wind erosion is an important mechanism for atmospheric loss, and was important enough to account for significant change in the Martian climate,” said Joe Grebowsky, MAVEN project scientist from NASA’s Goddard Space Flight Center in Greenbelt, Maryland. “MAVEN also is studying other loss processes -- such as loss due to impact of ions or escape of hydrogen atoms -- and these will only increase the importance of atmospheric escape.”
The goal of NASA's MAVEN mission, launched to Mars in November 2013, is to determine how much of the planet's atmosphere and water have been lost to space. It is the first such mission devoted to understanding how the sun might have influenced atmospheric changes on the Red Planet. MAVEN has been operating at Mars for just over a year and will complete its primary science mission on Nov. 16.
To view an animation simulating the loss of atmosphere and water on Mars:
For more information and images on Mars’ lost atmosphere, visit:
For more information about NASA’s MAVEN mission, visit:
-end-
Dwayne Brown / Laurie Cantillo
Headquarters, Washington
202-358-1726 / 202-358-1077
dwayne.c.brown@nasa.gov / laura.l.cantillo@nasa.gov
Nancy Neal-Jones / Bill Steigerwald
Goddard Space Flight Center, Greenbelt, Md.
301-286-0039 / 301-286-5017
nancy.n.jones@nasa.gov / william.a.steigerwald@nasa.gov
Jim Scott
University of Colorado, Boulder
303-492-3114
jim.scott@colorado.edu
 
Last Updated: Nov. 5, 2015
Editor: Karen Northon
 

NASA: Atmosfera de Marte foi "arrancada" por ventos solares

A atmosfera de Marte pode ter desaparecido por ação de ventos solares, que atingiram com força o planeta vermelho, o que explicaria o motivo de ter perdido a água que uma vez cobriu o hemisfério norte, informou a Nasa (Agência Espacial dos Estados Unidos) nesta quinta-feira (5). O anúncio foi feito graças aos dados colhidos pela missão Maven (Mars Atmosphere and Volatile Evolution), em que sondas foram enviadas para lá.
De acordo com análises dos cientistas, as tempestades solares foram as responsáveis por transformar o clima do planeta vermelho, de um ambiente quente e propício para existência de vida, para um local frio e com características de deserto.
O que aconteceu, segundo a Nasa, foi que a atmosfera de Marte foi atacada por ventos solares e teve partículas "arrancadas", prejudicando sua proteção e afetando diretamente a mudança climática.
"Para explicar de maneira bem simples, o que houve pode ser comparado com o momento em que saímos do banho e o vento tira as gotas de água do nosso cabelo. Os ventos solares varreram parte das partículas da atmosfera de Marte", explicou o professor Bruce Jakosky, investigador do principal laboratório de física atmosférica e espacial da Universidade do Colorado, nos EUA.
Os pesquisadores afirmam que a perda de gás na atmosfera do planeta vermelho continua acontecendo, mas atualmente em taxas menores do que no início de sua formação.
"Pela primeira vez temos como explicar a evolução de Marte, como antigamente a atmosfera conseguia reter água líquida por ser mais densa, e como foi fragilizada. O processo começou quando o Sol estava muito ativo e o planeta em formação, vulnerável, por isso as mudanças climáticas foram enormes. Hoje o fenômeno segue, mas lentamente. Para a atmosfera sumir por completo pode levar alguns bilhões de anos", afirmou Jakosky.
As medições indicam que os ventos solares são capazes de "varrer" os gases da atmosfera marciana com uma velocidade de 100 gramas por segundo.
Os dados da missão mostram também que quando as tempestades solares bombardeiam Marte, as partículas da atmosfera se perdem até 20 vezes mais rápido do que normalmente ocorre, o que levou os cientistas a acreditarem que Marte já teve uma atmosfera tão densa quanto a Terra, ou até mais.
Por não ter campo magnético, os gases na superfície do planeta sofrem mais a ação do Sol, ou seja, perde-se muita matéria com a passagem dessas "rajadas" provocadas pelas explosões solares. Os estudos mostram que essa perda é maior do que se imaginava.
O que se sabe atualmente sobre a atmosfera marciana é que é bem diferente da Terra, sendo composta principalmente por dióxido de carbono (95,3%) e com pequenas porções de outros gases, como nitrogênio, argônio, neon e oxigênio.
"Isso dá indícios sobre a história de Marte e ajuda a compor a ideia de como era o planeta, que tem 4,6 bilhões de anos", diz Enos Picazzio, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG - USP). Com o enfraquecimento do magnetismo marciano, a magnetosfera do planeta perdeu intensidade e a atmosfera de Marte ficou mais exposta à ação do vento solar e das "rajadas" decorrentes das explosões solares.

Paula Moura - Colaboração para o UOL
Leia matéria completa no Portal UOL

SBPC e ABC publicam carta aberta sobre os retrocessos do novo Código Florestal

Entidades afirmam que durante a formulação da lei, elas aportaram contribuições críticas ao debate

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) publicam carta aberta sobre os retrocessos da Lei 12.651/2012, conhecida como o novo Código Florestal. No documento, as instituições afirmam que durante o processo de formulação da lei,  elas aportaram contribuições críticas ao debate, com “fundamentações científicas, tecnológicas, econômicas, sociais e ambientais sólidas que poderiam ter sido usadas para se construir um Código Florestal mais inovador e atual, o que lamentavelmente não aconteceu”. No entendimento da SBPC e da ABC, alguns retrocessos foram mantidos, mas “a discussão, pautada pela disputa ‘ambientalistas versus ruralistas’, perdeu o foco”.
Veja aqui o documento na íntegra.

SBPC via JC Online

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Dados da Nasa mostram que seca no Brasil é pior do que se pensava

Novos dados de satélite mostram que a seca no Brasil é pior do que se pensava, com o Sudeste perdendo 56 trilhões de litros de água em cada um dos últimos três anos, disse um cientista da agência espacial dos Estados Unidos (Nasa) nesta sexta-feira (30).
A pior seca do país nos últimos 35 anos também tem levado o Nordeste brasileiro, região maior, mas menos povoada, a perder 49 trilhões de litros de água a cada ano nos últimos três anos, comparando com os níveis normais, afirmou o hidrólogo da Nasa, Augusto Getirana.
"Os brasileiros estão bastante conscientes da seca, dado o racionamento de água, blecautes e reservatórios vazios em partes do país, mas esse é o primeiro estudo que documenta exatamente a quantidade de água que tem desaparecido dos lençóis de água e reservatórios", disse Getirana.
"É muito maior do que eu imaginava", disse Getirana à Thomson Reuters Foundation. "Com as mudanças climáticas, isso vai acontecer com mais e mais frequência."
O sistema da Cantareira, que fornece água para 8,8 milhões de moradores de São Paulo, tinha, por exemplo, menos de 11 por cento da sua capacidade no ano passado, segundo autoridades locais.
A pesquisa de Getirana, publicada nesta semana no Journal of Hydrometeorology, tem como base 13 anos de informações dos satélites Recuperação da Gravidade e Experimento Climático (Grace, na sigla em inglês) da Nasa, que circulam a Terra detectando mudanças no campo de gravidade causadas pelos movimentos da água no planeta.
O país não tem uma falta de água absoluta, afirmou o pesquisador. O problema é que as regiões muito povoadas, particularmente o Sudeste, dependem de aquíferos e reservatórios locais, que não estão sendo reabastecidos devido à seca.
Teoricamente, a água pode ser transportada de outras partes do país para cidades afetadas, disse ele, mas os custos financeiros e logísticos seriam enormes.
As novas informações de satélite devem representar um chamado de alerta para os políticos gerenciarem melhor a água e atuarem em relação às mudanças climáticas para lidar com a crise, declarou Getirana.
Os dados não permitem que os pesquisadores façam previsões de quanto tempo a seca vai durar, disse ele, acrescentando que os níveis de água continuaram a cair nos últimos meses.

Reportagem de Chris Arsenault para agência Reuters via BrasilPost

terça-feira, 3 de novembro de 2015

País poderá viver drama climático em 2040

Em 25 anos, Brasil conviverá com calor extremo, falta d’água e de energia, queda na produção agropecuária, doenças e prejuízos por ressacas, sugere o maior estudo já feito sobre impactos do clima

Daqui a apenas 25 anos, no tempo de vida da maior parte dos leitores deste texto, o Brasil poderá ter seu cotidiano e sua economia transformados – para pior – pela mudança do clima. Secas violentas impedirão o parque hidrelétrico de gerar energia para atender à população e tornarão fúteis investimentos bilionários em barragens na Amazônia. Culturas como a soja poderão ter redução de até 39% em sua área. A elevação do nível do mar deixará exposto a alto risco de destruição um patrimônio imobiliário de até R$ 124 bilhões apenas na cidade do Rio de Janeiro. Mais idosos morrerão por ondas de calor, especialmente no Norte e no Nordeste.
As más notícias vêm do maior estudo já realizado sobre impactos da mudança climática no Brasil. Trata-se do “Brasil 2040 – Alternativas de Adaptação às Mudanças Climáticas”, encomendado pela Secretaria de Estudos Estratégicos da Presidência da República a diversos grupos de pesquisa do País e divulgado nesta quinta-feira (29/10), sem alarde, na página do extinto ministério na internet. O Ministério do Meio Ambiente, que herdara o estudo após a demissão de seus idealizadores pela SAE em março, se preparava para publicá-lo nos próximos dias.
O trabalho busca entender como o clima poderá variar no Brasil nos próximos 25, 55 e 85 anos, de forma a embasar políticas públicas de adaptação em cinco grandes áreas: saúde, recursos hídricos, energia, agricultura e infraestrutura (costeira e de transportes).
Os cenários para os diversos setores foram construídos a partir de dois modelos climáticos globais usados pelo IPCC, o painel do clima das Nações Unidas, e regionalizados para o Brasil pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Esses modelos são grandes simulações da Terra, onde são incluídas variáveis como vento, oceanos e florestas. Alimentando-os com dados sobre a taxa de emissões de gases de efeito estufa, eles conseguem estimar como o clima vai variar nas próximas décadas ou séculos.
Os modelos do IPCC têm a vantagem de enxergar o planeta inteiro, porém são “míopes”: eles dividem o mundo em células de 200 km x 200 km, grandes demais para permitir investigar variações climáticas dentro de uma região geográfica menor ou um país. O que o Inpe fez foi usar dois desses modelos e aumentar sua resolução para 20 km x 20 km, dando um zoom na América do Sul. Isso permitiu montar, pela primeira vez, cenários detalhados de chuva e temperatura para as próximas décadas no Brasil.
Dois modelos foram utilizados: o britânico HadGEM-2 e o japonês Miroc-5. Por uma questão de personalidade matemática, por assim dizer, ambos “enxergam” o clima no futuro de jeitos diferentes: o britânico tende a apontar um mundo mais seco no futuro, enquanto o japonês vê um mundo mais chuvoso.
Cada modelo, por sua vez, foi rodado em dois cenários de emissão de gases de efeito estufa do IPCC, as chamadas “trajetórias representativas de concentração”: o RCP 8,5, que assume que a humanidade não fará nada para controlar as emissões de CO2; e o RCP 4,5, que assume esforços limitados de controle de emissões, mas ainda fora da trajetória dos 2oC considerados o limite máximo “seguro” de aquecimento.
O que a modelagem revelou foi que, em todos os cenários, o Brasil de 2040 será um país mais quente e mais seco. As temperaturas médias nos meses mais quentes do ano podem subir até 3oC em relação às médias atuais no Centro-Oeste. A região Sul tende a ficar mais chuvosa, enquanto o Sudeste, o Centro-Oeste e partes do Norte e Nordeste teriam reduções as chuvas, em especial nos meses de verão.
Falta d’água permanente
O primeiro efeito disso é uma redução na vazão dos rios que abastecem a maior parte da população brasileira, como mostraram os estudos sobre recursos hídricos do “Brasil 2040”.
Um grupo liderado por Francisco de Assis Souza e Eduardo Martins, da Universidade Federal do Ceará e da Fundação Cearense de Meteorologia, usou os dados de chuva para construir um modelo de vazão – não é possível estimar quanto um rio enche ou seca apenas olhando para a média de chuvas.
O resultado é dramático para quem acha que o Sudeste do Brasil já sofreu o suficiente com falta d’água e ameaça de racionamento de energia nos últimos três anos: no melhor cenário, vários rios de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Tocantins, Bahia e Pará terão reduções de vazão de 10% a 30%.
Transpostos para as usinas hidrelétricas, os dados de vazão trazem um desafio para o setor de energia no Brasil: as mais importantes usinas do País – Furnas, Itaipu, Sobradinho e Tucuruí – teriam reduções de vazão de 38% a 57% no pior cenário.
Na Amazônia, região eleita pelo governo a nova fronteira da hidroeletricidade no País, as quedas também seriam significativas, como adiantou o OC em abril: a vazão de Belo Monte cairia de 25% a 55%, a de Santo Antônio, de 40% a 65%, e a da usina planejada de São Luís do Tapajós, de 20% a 30%.
Hidrelétricas em colapso
À exceção de São Luís, a maioria das novas usinas na Amazônia é a fio d’água, ou seja, não possui grande reservatório. Isso significa que seu fator de capacidade, ou seja, a quantidade de energia constante gerada ao longo do ano, é reduzido, já que a vazão dos rios amazônicos varia enormemente entre a estação da seca e a da chuva. Belo Monte, por exemplo, tem um fator de capacidade de cerca de 40%, que, reduzido à metade, daria à hidrelétrica de R$ 30 bilhões um fator de capacidade menor que o de usinas eólicas – para as quais os planejadores energéticos brasileiros e a presidente Dilma Rousseff torcem o nariz, já que essas usinas não são capazes de gerar “energia firme” nos períodos sem vento. No total, a geração hidrelétrica cai de 8% a 20% no País.
“O planejamento energético precisa ser revisto urgentemente à luz dos dados do ‘2040’, sob pena de a sociedade enterrar bilhões de reais em projetos que não se pagam”, disse Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima (OC).
Os dados de Martins e Souza foram utilizados por uma equipe de pesquisadores da Coppe-URFJ liderada por Roberto Schaeffer para analisar o que acontece com a eletricidade do Brasil nos próximos 25 anos caso se confirmem os cenários de mudança do clima.
O grupo usou em sua análise, por sua vez, dois modelos computacionais: um deles leva em conta a matriz energética, a demanda por eletricidade e o crescimento do PIB para estimar o comportamento do sistema elétrico brasileiro – que fontes crescem na matriz, que fontes diminuem, de acordo com o custo e o fator de capacidade. O outro modelo simula como as usinas hidrelétricas e termelétricas operam no mundo real de acordo com a disponibilidade de água nos reservatórios.
A principal conclusão do estudo de Schaeffer e colegas é filosófica: o planejamento elétrico no Brasil não poderá mais ser feito como vem sendo. Hoje, os responsáveis pelo setor no governo trabalham segundo a filosofia do “estado estacionário” de variáveis climáticas, ou seja, o comportamento dos rios no futuro seguirá o comportamento do passado.
“Não dá mais para fazer isso. O futuro não vai obrigatoriamente repetir o passado”, disse Schaeffer ao OC.
A análise dos pesquisadores mostra que, em todos os cenários analisados, há uma queda na vazão das principais bacias hidrográficas brasileiras, que empurra o sistema elétrico para uma situação de desequilíbrio estrutural: o sistema não dá conta de atender a demanda, provocando cortes de carga – em português claro, apagões.
Sem medidas de corte de emissões (ou seja, no RCP 8,5), no pior cenário, a vazão dos reservatórios cai 30% e o risco de déficit em alguns anos se aproxima de 100% – a margem considerada “segura” pelo governo para evitar apagões é de 5%. No melhor cenário, a queda de vazão das hidrelétricas chega a 10%, e o risco de déficit, a 60% em alguns anos. O custo de operação do sistema, que leva em conta inclusive o acionamento de térmicas, sobe em oito vezes no melhor cenário e em 16,7 vezes no pior.
A consequência do colapso das hidrelétricas é o aumento do uso de carvão mineral e gás natural na matriz brasileira, o que tanto aumenta o custo de operação do sistema quanto as emissões de carbono, agravando ainda mais o efeito estufa. Outra consequência pode ser o retorno das usinas com grandes reservatórios, em especial na região Sul, onde vai chover mais.
Os resultados surpreenderam até os pesquisadores. “Se isso acontecer, o País para se não tiver um seguro”, disse Schaeffer.
Parte desse “seguro” não depende apenas do Brasil: é o corte de emissões dentro de um acordo global do clima. Segundo o estudo, somente o custo de expansão do sistema elétrico cairia em R$ 122 bilhões entre o cenário RCP 8,5 (sem mitigação da mudança do clima) e o cenário RCP 4,5 (com mitigação).
O “seguro” cabe ao País contratar, segundo o pesquisador, é a adaptação do sistema. E a melhor maneira de adaptar, curiosamente, é reduzindo emissões: aumentando em muito a eficiência energética e o uso de renováveis, de modo a reduzir a dependência de termelétricas fósseis e de hidrelétricas, e colocando um preço nas emissões de carbono – não necessariamente uma taxa, Schaeffer apressa-se a dizer.
Os dados de energia e recursos hídricos do “Brasil 2040” foram apresentados ao governo federal ao longo do ano e recebidos com algumas críticas – o estudo da UFCE foi considerado “alarmista” pela própria SAE.
“Uma crítica que a gente pode receber é que há incerteza. Mas também há incerteza sobre se você vai ficar doente, e nem por isso você deixa de fazer um plano de saúde”, compara Roberto Schaeffer.
Mico no Mapitoba
Os relatórios sobre agricultura, elaborados por equipes da Embrapa e do Agroicone, também devem causar arrepios no governo. Eles mostram que a maior aposta da ministra Kátia Abreu (Agricultura) para a futura expansão da produção no País, o chamado Mapitoba (uma zona de cerrados entre Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia) pode virar um mico na mão de investidores.
Uma das análises aponta para a tendência de desvalorização das terras por decorrência das mudanças na produção e aumento do risco climático. Em Pernambuco, as terras podem perder até 43% do seu valor. No Pará, a perda pode ser de até 36%.
No Estado do Maranhão, as perdas podem variar de 2% a 16%, no Tocantins de 14% a 26% e de 3% a 14% no Piauí. Um dos cenários aponta valorização das terras na Bahia, mas esse Estado também pode ter perdas de 5% no valor das terras.
Os impactos das mudanças do clima na agricultura podem levar a perdas de área agriculturável em quase todas as culturas avaliadas – o efeito mais grave deve recair sobre a área de cultivo de soja, com perdas de até 39%. O feijão, arroz e milho safrinha podem ter redução de área cultivável de 26%, 24% e 28%, respectivamente.
No caso da cana-de-açúcar, as áreas cultiváveis podem aumentar, por ser um gênero que precisa de calor, em especial para a produção de etanol. Porém, o cultivo deve migrar para regiões que hoje são mais frias. A produção de mandioca deve sair do Nordeste, muito seco, e migrar para áreas de Cerrado e Amazônia. O caupi, ou feijão-de- corda, já está migrando do Nordeste para o Centro-Oeste.
O estudo avalia também que a região amazônica pode ser afetada por diversas queimadas, gerando problemas para a produção no Brasil central e alterando o regime de chuvas e a circulação de massas de ar. No semiárido, a escassez de recursos hídricos pode se agravar.
A pesquisa sugere que a própria dinâmica do mercado vai ser uma das medidas de adaptação: a redução de áreas aptas para produção deve afetar os preços das commodities agrícolas; as regiões de maior aptidão produtiva devem responder positivamente, enquanto outras regiões deverão perder produção; haverá impactos sobre os preços ao produtor e ao consumidor final; novos equilíbrios de oferta, demanda e preços serão gerados, influenciando na produção.
Calor
O capítulo de saúde, que não está entre os relatórios disponibilizados pela SAE, mas ao qual o OC teve acesso, avaliou apenas os impactos das ondas de calor sobre taxas de mortalidade. Os efeitos são heterogêneos, de acordo com a faixa etária, clima regional e as condições de saneamento. Os idosos são o grupo populacional mais vulnerável, enquanto na avaliação por região, Norte e Nordeste devem ser as mais afetadas.
No Tocantins, por exemplo, o aumento do número de mortes entre idosos pode chegar a 9%, em decorrência de doenças respiratórias agravadas por ondas de calor. Rio Grande do Norte e Paraíba também devem ter aumento superior a 5% nos índices de mortalidade no mesmo grupo.
“Temos o dado demográfico: a população vai envelhecer. Então, o Brasil vai se tornar mais vulnerável às mudanças do clima”, diz o coordenador do estudo, José Feres, do IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas).
O estudo também alerta para a disseminação de doenças infecciosas endêmicas, que podem aumentar de acordo com as condições climáticas, como malária, dengue e leptospirose. Outra preocupação são eventos climáticos extremos como tempestades, ocasionando inundações, afogamentos, desabamentos, aglomerações, entre outros. “Nossa principal recomendação é a criação de um sistema de alerta para ondas de calor e outros eventos climáticos extremos. É uma medida simples, mas que o Brasil ainda não tem”, diz Feres.
Estradas ruins
A avaliação dos impactos sobre a infraestrutura de transportes traz a informação que os brasileiros que viajam de carro ou ônibus já sabem: nossa malha rodoviária já é ruim. Mas pode piorar. O estresse por chuvas intensas, acúmulo de umidade e altas temperaturas demanda altos investimentos em adaptação.
Combinando informações sobre sinalização, qualidade do asfalto e condições das rodovias, elaborou-se o Índice de Vulnerabilidade da Infraestrutura Rodoviária (IVIR). Quanto mais alto, mais vulneráveis são as rodovias. Observando os mapas, é possível comparar o número de rodovias vulneráveis hoje e em 2040.
As regiões Sudeste e Sul, que hoje já apresentam estradas em boas condições, serão as menos afetadas. Atualmente, apenas oito estados apresentam segmentos vulneráveis, contra 22 estados no cenário futuro, além do Distrito Federal. A região Nordeste é campeã em vulnerabilidade, em especial no litoral – tanto pela possibilidade de aumento de temperaturas quanto pelas condições das rodovias.
“No Brasil, não há um banco de dados consistente sobre os efeitos de eventos climáticos na infraestrutura rodoviária e não há indícios de que essa situação irá mudar no curto prazo”, diz o relatório. “Tal banco de dados é importante para determinar a resiliência atual e para prover a base para estudos sobre impactos relacionados ao clima futuros.”
A análise ressalta que os custos de adaptação e reparos podem ser muito superiores à economia feita com obras mais baratas, que não serão satisfatórias em médio e longo prazo. Também recomenda o desenvolvimento de estudos sobre o risco de afogamento da infraestrutura rodoviária em decorrência de chuvas fortes, em todo o território nacional.
“São soluções de engenharia tradicional, mas que sairão caríssimas por causa do tamanho da rede”, disse Sérgio Margulis, economista carioca que idealizou o “Brasil 2040”.
Olha a onda
A equipe do engenheiro Wilson Cabral Jr., do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) também criou um índice de vulnerabilidade para a infraestrutura costeira e portuária do Brasil, na tentativa de estimar o que aconteceria com o litoral em caso de elevação do nível do mar conforme previsto pelo IPCC.
Os pesquisadores tiveram de lidar com um problema adicional: a absoluta falta de informações sobre como o nível do mar vem subindo no País nas últimas décadas e sobre como as ondas vêm ficando mais fortes. “A rede de marégrafos no Brasil é incipiente, e a de ondógrafos mais ainda”, disse Márcia Oliveira, coordenadora de Gerenciamento Costeiro do Ministério do Meio Ambiente.
Segundo Cabral, nem mesmo as bases de dados usadas para estimar a altimetria (a altura do terreno acima do nível do mar) e a batimetria (o perfil do fundo oceânico), dois dados que precisam ser combinados para informar a elevação da lâmina d’água e o risco de inundação, conversam entre si. Há um erro sistemático nas medições que os pesquisadores não conseguem nem mesmo estimar.
Cabral e seu aluno Vítor Zanetti usaram, então, as projeções de nível do mar do IPCC para estimar risco de alagamento e ressacas em Santos e no Rio de Janeiro. Outro grupo, da USP, estimou o impacto nos portos e as medidas de adaptação necessárias.
Os resultados mostram que quase todos os portos do País precisam já hoje de medidas de adaptação, seja para aumentar a chamada “borda livre”, o espaço seco entre o cais e a água, seja para aumentar o calado por causa de assoreamento. O custo dessas medidas, que inclui a construção de quebra-mares, foi calculado em R$ 7 bilhões – mais do que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) investiu em portos.
Para Santos e para o Rio, foram mapeadas as zonas em risco alto e muito alto de deslizamento, ressaca e inundação, o que inclui hospitais e a infraestrutura de transporte público, além de estações de tratamento de esgotos. A Linha Vermelha, no Rio, está longe da praia, mas deve alagar com frequência ainda maior devido ao efeito de “barragem” que o mar mais alto exerce sobre os canais que a rodovia cruza. O quadro que emerge nas duas cidades é o de colapso urbano em caso de ressacas e inundações muito graves no futuro. Apenas no Rio, o patrimônio imobiliário sob alto risco foi estimado em R$ 124 bilhões.
“É de se esperar que tomadores de decisão, em seus diversos níveis, tenham conhecimento destes estudos e resultados e possam utilizá-los em abordagens de planejamento de curto, médio e longo prazos”, escreveram os pesquisadores.

Instituto Socioambiental via JC Notícias