terça-feira, 24 de setembro de 2013

Seminário - Ciências Climáticas: Desertificação do Nordeste do Brasil

MAPEAMENTO DAS ÁREAS PROPÍCIAS À DESERTIFICAÇÃO NO NORDESTE DO BRASIL

COM BASE EM FATORES CLIMÁTICOS

Mônica C. Damião Mendes
 
Programa de Pós-graduação em Ciências Climáticas
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN


25/09/2013 às 15h00 no Auditório do DFTE

Resumo: O Nordeste do Brasil tem como característica climática ser uma região cujo regime pluviométrico é variável tanto no tempo quanto no espaço. As chuvas têm um regime escasso na região semiárida (com total abaixo de 800 mm anuais) e um regime normal e/ou abundante no norte e leste do Nordeste (com total acima de 1000 mm anuais).  Nas áreas semiáridas e áridas verifica-se uma diminuição dos recursos hídricos, devido às chuvas irregulares. Este trabalho tem como objetivo analisar a influência das variáveis climáticas no processo de desertificação no Nordeste do Brasil, com base em percentis de precipitação (25 %, 50% , 75% e 90%) extraídos dos dados do projeto GPCP. Temperatura, precipitação, umidade relativa e radiação solar foram usados para obter a evapotranspiração potencial (ETP), que posteriormente foi utilizado na obtenção do índice de desertificação. O indice de desertificação é calculada a partir da subtração entre a precipitação e evapotraspiração, dividido pelo desvio padrão de precipitação, durante o período de estudo (1979-2009). Áreas suscetíveis à desertificação baseadas no percentil P25 (chuvas inferior a 25%) se estende na região semiárida do Nordeste Brasileiro, no qual foram encontrados 4  núcleos de desertificação (No Seridó Potiguar e região central do Rio Grande do Norte, no oeste de Pernambuco e nordeste da Bahia, na Paraíba e no centro da Bahia). Finalmente, também obteve-se a tendência espacial e temporal da precipitação, das temperaturas máxima e mínima e umidade relativa. Os resultados mostraram uma tendência positiva ou crescente da precipitação e da temperatura máxima na região de desertificação, sugerindo que o efeito de precipitação no processo de desertificação pode está associado com a ocorrência de dias sem precipitação (períodos de estiagem) e ao aumento da evaporação provocada pela alta as temperaturas durante o dia (aumento de temperatura máxima).



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