quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ministros convidam prefeitos a apoiar prevenção a desastres naturais

As administrações municipais têm papel relevante na execução do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais. Os ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, reforçaram a necessidade de colaboração com o governo federal nesta quarta-feira (30), último dia do Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília.  “Esses desastres são inevitáveis, porém, se tivermos boa estrutura e grande cooperação entre todos os níveis de governo, em conjunto com a sociedade, poderemos mitigar substancialmente os efeitos nefastos que esses eventos têm sobre nossas vidas”, disse Raupp, ao apresentar o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI) aos prefeitos.
O titular do MCTI contou que o Cemaden monitora 24 horas por dia 294 municípios e, desde dezembro de 2011, quando foi criado, já emitiu mais de 300 alertas ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad/MI), responsável por acionar as defesas civis das regiões ameaçadas.
Raupp mencionou o processo de compra de nove radares meteorológicos, 4.100 mil pluviômetros, 286 estações hidrológicas, 286 sensores de deslizamento, 100 estações agrometeorológicas e 500 sensores de umidade do solo. “Esses equipamentos estão sendo colocados nas áreas de risco dos municípios, e é aqui que entra a cooperação que precisamos fazer com os senhores”, afirmou. “As prefeituras podem nos oferecer lugares seguros para colocá-los. Dependemos disso para que os equipamentos tenham vida longa.”
Bezerra, por sua vez, destacou a importância do apoio das prefeituras em atividades de capacitação e treinamento de indivíduos envolvidos em ações de defesa civil. “Já preparamos 6.484 pessoas e a nossa meta até 2014 é treinar e capacitar mais de 7 mil técnicos e agentes, que vão estar na ponta de lança para o contato com a comunidade quando da ocorrência do evento climático extremo.”
Cadastro
De acordo com o ministro da Integração Nacional, a Lei 12.618, de 2012, que instituiu a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, obriga os prefeitos a preencherem um cadastro nacional que aponta os municípios com áreas suscetíveis a deslizamentos e inundações. “Vocês têm que se cadastrar, sob pena de não terem acesso a diversos programas do governo federal”, alertou Bezerra.
“Temos um conjunto de mais de 5,5 mil municípios no Brasil e a gente ter que ter o pé no chão”, explicou o ministro da Integração. “Então, definimos como prioridade trabalhar até 2014 nos 821 municípios de mais alto risco, escolhidos de acordo com a recorrência de óbitos causados por desastres naturais.”
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação informou que, em condições ideais, o Cemaden deve emitir alertas de chuva entre duas e seis horas antes do período crítico. Ele comparou a escala temporal com outro fenômeno monitorado pela unidade do MCTI. “Na previsão do impacto da seca na agricultura do Semiárido, a aviso tem que se dar com dois meses de antecedência”, disse Raupp. “Além das 821 localidades sujeitas a deslizamentos e enxurradas, temos objetivo de, em 2014, estar monitorando 1.170 municípios com histórico de impacto da seca.”
Também compareceram ao painel de discussões no encontro com prefeitos o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre, os diretores do Cemaden, Agostinho Ogura, e do Cenad, Rafael Schadeck, e os presidentes do Serviço Geológico do Brasil (CPRM/MME), Manoel Barretto, e da Agência Nacional de Águas (ANA/MMA), Vicente Andreu.

Texto: Rodrigo PdGuerra – Ascom do MCTI
 


The Greenland melt

— eric @ 23 January 2013
Eric Steig
Last July (2012), I heard from a colleagues working at the edge of the Greenland ice sheet, and from another colleague working up at the Summit. Both were independently writing to report the exceptional conditions they were witnessing. The first was that the bridge over the Watson river by the town of Kangerlussuaq, on the west coast of Greenland, was being breached by the high volumes of meltwater coming down from the ice sheet. The second was that there was a new melt layer forming at the highest point of the ice sheet, where it very rarely melts.

The full note can be read here (clique aqui para ler matéria completa).

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Global Land Project: 2nd Open Science Meeting

Agência FAPESP – A segunda conferência internacional do Global Land Project (GLP), um projeto internacional financiado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), reunirá em março de 2014, em Berlim, cientistas e pesquisadores para discutir sobre as mudanças de uso e cobertura da terra em todo o planeta.
O prazo final para a submissão de propostas para as sessões do evento termina no próximo dia 31 de janeiro. Os temas de trabalhos propostos são: Rethinking land change transitions; Local land users in a tele-connected world; Impacts and responses; Land governance.
Os pesquisadores podem apresentar seus trabalhos sob diversos formatos, como mesas-redondas, palestras e workshops.
Entre os objetivos do evento, está discutir o sistema da terra “como uma plataforma para as interações entre o homem e o ambiente, conectando as decisões locais sobre o uso da terra aos impactos globais”.
Mais informações e inscrições em www.glp-osm2014.org

Abaixo, informação do site do evento

GLP-OSM 2014

Land Transformations: Between Global Challenges and Local Realities

Berlin 19th - 21st March 2014
Venue: Humboldt University, Berlin.



The 2014 Global Land Project Open Science Meeting will synthesize and discuss the role of the land system as a platform for human-environment interactions, connecting local land use decisions to global impacts and responses.
Main conference themes:
  1. Rethinking land change transitions: drastic changes in land cover and subtle changes in land management
  2. Local land users in a tele-connected world: the role of human decision making on land use as both a driver and response to global environmental change
  3. Impacts and responses: land systems changes to mitigate global environmental change impacts and adapt to increasing demands for food, fuel and ecosystem services
  4. Land governance: the ways in which alternative approaches to governance of land resources can enhance the sustainability transition

Instituto do Mar da UNIFESP tem oportunidades para docentes

Agência FAPESP – A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) abriu concurso para o provimento de vagas no quadro docente do Instituto do Mar (IMar), campus Baixada Santista.
São 58 novas vagas de professores nas áreas de biológicas, exatas e humanas relacionadas às ciências do mar para a consolidação do IMar nas suas vertentes de pesquisa, ensino e extensão.
As oportunidades são para professor adjunto – nível I, em regime de trabalho com dedicação exclusiva. A partir de 1º de março de 2013, ocorrerá nomeação para a classe de professor auxiliar – nível I.
As remunerações dependem do concurso. Pelo edital 117/2013, que visa ao provimento de 13 vagas em áreas como biologia vegetal comparada, física, geologia, gestão costeira, matemática, microbiologia ambiental e engenharia do petróleo, os vencimentos são de R$ 8.000,02 para professor adjunto e R$ 8.422,77 para professor auxiliar.
As inscrições serão recebidas até 15, 19 ou 21 de fevereiro, dependendo do edital.
As atividades no IMar tiveram início em 2012 por meio da criação do curso de graduação plena Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia do Mar.
Os editais podem ser encontrados no site do IMar, assim como mais informações sobre o instituto e projeto pedagógico do curso: www.imar.unifesp.br/v2/index.php/concursos

Nota do Blog: link direto para o Edital -> http://concurso.unifesp.br/editais/edital87-2013.htm

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Mestrado em Mecânica e Física Ambiental / Master of Science in Mechanics and Physics for the Environment.

Abaixo divulgamos oportunidade de Mestrado em Mecânica e Física Ambiental na ParisTech.
 
The departments of Mechanics at Ecole Polytechnique and Ecole Nationale Supérieure de Technique Avancées from ParisTech are offering a Master of Science degree in Mechanics and Physics for the Environment.
 
The goal of this graduate program is to provide students an advanced knowledge of the laws and interactions governing the evolution of our natural environment, in order to prepare them for a successful career in academia or industry.
 
Each year concludes with a several months long internship in a research laboratory in France or abroad. These internships give the students an opportunity to carry out advanced research projects in a stimulating environment.
 
The first year (M1) is solely under the responsibility of Ecole Polytechnique while the second year (M2) is jointly organised with Ecole Nationale Supérieure de Technique Avancées, Université Pierre et Marie Curie and other partners.
 
First year courses are mostly taught in French. All second-year courses are taught in English.

The first year program entitled Sciences for Environmental Challenges is organized around three main and interacting facets of the environment among which each student may define his/her personal curriculum, these facets are: Biodiversity and Ecology, Geophysical Environment, Environmental Economy and Management.
For detailed information on the first year program please consult online:
<http://www.coriolis.polytechnique.fr/MASTERS/SEC.html>
 
The second year program entitled Water, Air, Pollution and Energy at local and regional scales (WAPE)is widely based on the research and tutorial resources of the Institut Pierre Simon Laplace (IPSL). The WAPE program covers a broad spectrum of environmental problems with a focus on the meso scales. Direct admission to the second year is possible for suitably qualified students.
For detailed information on the second year WAPE program, please consult online:
< http://www.coriolis.polytechnique.fr/MASTERS/WAPE.html >
 
We would be grateful if you would advertise this program to your colleagues and students. Ecole Polytechnique and Ecole Nationale Supérieure de Technique Avancées may propose to students, fee waivers, fellowships and accommodations if they need them.
 
A poster of presentation for the WAPE 2nd year is attached for your convenience. Please post it in a visible place.
 

Contato/Contact:
Laurent Mortier
Professor at ENSTA-ParisTech
Laboratoire D'Océanographie et du Climat (LOCEAN)
laurent.mortier@ensta-paristech.fr
Tel. +33 1 44 27 72 75
ENSTA ParisTech, 91762 Palaiseau Cedex, France

www.ensta-paristech.fr
www.facebook.fr/Ensta.ParisTech
twitter.com/ENSTAParisTech

Inpe recebe inscrições para workshop sobre estudos ionosféricos

Até o dia 31 estão abertas as inscrições gratuitas para o workshop sobre o uso de dados GNSS (Global Navigation Satellite Systems) nas pesquisas da ionosfera em baixas latitudes. O evento, marcado para 6 a 17 de maio em Trieste, na Itália, está relacionado ao projeto Monitoring Ionosphere Over South America (Mimosa), que tem o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) entre os participantes. 
O workshop terá os seguintes tópicos: fundamentos e aplicações de GNSS; conceitos de ionosfera e efeitos do clima espacial; ionosfera em baixas latitudes; dados ionosféricos obtidos com GNSS; modelos ionosféricos; irregularidades ionosféricas em baixas latitudes; assimilação de dados nos modelos ionosféricos; caracterização e previsão da ionosfera em baixas latitudes; diferenças longitudinais na ionosfera das baixas latitudes; efeito da ionosfera em baixas latitudes em sistemas de navegação por satélite. Para mais informações e inscrições, acesse a página do evento (em inglês). 
O projeto Mimosa mapeará os sistemas e instalações existentes na América do Sul para o monitoramento da ionosfera. Participam do projeto o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia e a Politécnica de Torino, ambos da Itália, e a Universidade de Nottingham, do Reino Unido. Na América do Sul, o Mimosa tem a colaboração do Inpe, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Nacional de Tucuman, da Argentina.
Em fevereiro, o Inpe realiza em São José dos Campos (SP) um workshop do projeto para promover a colaboração com universidades e instituições públicas e privadas na América do Sul e, ainda, identificar os sistemas atuais de monitoramento da ionosfera.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Holanda cria pavilhões flutuantes para enfrentar a mudança climática


Por Ariana Perez Artaso
 
Foto: ©Public Domain Architects
Ciente de que o clima global está se modificando e que a Holanda é um dos países que mais pode sofrer com as consequências – sobretudo pelas inundações causadas pelas chuvas crescentes e a elevação do nível do mar – o programa Rotterdam Climate Proof (que integra a Iniciativa Climática de Rotterdam) teve a ideia de montar toda uma comunidade de casas flutuantes, flexíveis e autossuficientes, para servir como refúgios resistentes à mudança climática.
O primeiro projeto-piloto edificado com este objetivo é um pavilhão flutuante, totalmente desmontável, projetado pelos arquitetos dos estúdios DeltaSync e Public Domain Architects.
Como detalha o site Inhabitat, esta inovadora estrutura é composta por três domos em forma de bolhas interconectadas. Sua superfície total equivale a quatro quadras de tênis, e a esfera maior tem 12 metros de altura.
As paredes translúcidas são feitas de um plástico anticorrosivo e resistente chamado ETFE. Cem vezes mais leve que o vidro, é ideal para uma estrutura flutuante. O pavilhão é totalmente abastecido por energia solar.
O site do projeto explica que os três domos estão alinhados à meta de Rotterdam de reduzir suas emissões de CO2 em 50% e, ao mesmo tempo, garantir que a cidade consiga se adaptar às mudanças climáticas no futuro.
Atualmente, o refúgio construído por Dura Vermeer é utilizado como sede de eventos e exposições. Para isso, conta com um auditório que pode abrigar grupos de até 150 pessoas. A estrutura continuará montada em Rijnhaven até 2015, e depois seguirá para outra parte de Stadshavens.
Enquanto isso, espera-se que o complexo sirva como exemplo para a indústria da construção civil. Reafirmando este conceito, a Iniciativa Climática de Rotterdam destaca que as residências flutuantes se transformarão em “uma das soluções mais vantajosas do século 21 em todo o mundo. Quando a indústria de Rotterdam ganhar experiência nesse campo, poderá comercializar este conhecimento para o resto do mundo”.
O que você achou do pavilhão flutuante? Você já se imaginou morando em uma estrutura como esta?  


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Previsão para os próximos três meses é de chuvas abaixo da média

Meteorologistas dos principais centros de previsão climática do país estão reunidos em Fortaleza, capital cearense, e divulgaram hoje (25) as previsões para os próximos três meses na região do semi-árido nordestino. Após as pesquisas concluídas ontem, os especialistas de instituições estaduais e órgãos nacionais concluíram que as previsões não são muito diferentes da situação atual de seca.

Segundo Eduardo Sávio Martins, presidente da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), as chuvas no semi-árido nordestino nos meses de fevereiro, março e abril ficarão abaixo do normal no norte do Nordeste. De acordo com Eduardo Martins, a seca no próximo trimestre ocorrerá devido à Zona de Convergência Intetropical, onde os ventos vindos dos hemisférios Norte e Sul trazendo umidade confluem, perdendo esse fator essencial para as chuvas na região.

O prognóstico geral para o Nordeste, de acordo com os estudos é de chuvas abaixo da média e de forma irregular, prejudicando os produtores da região.

Leia matéria completa no portal TN online.

Acordo entre Brasil e União Europeia inclui Ciências Climáticas

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, e o diretor-geral do Joint Research Centre (JRC), Dominique Ristori, assinaram nesta quinta-feira (24) um acordo que prevê a cooperação entre Brasil e União Europeia em sete áreas temáticas. A oficialização da parceria em ciência, tecnologia e inovação (CT&I) ocorreu durante a 6ª Cúpula Brasil e União Europeia, no Palácio do Planalto. O acordo, que será conduzido no âmbito da cooperação internacional, terá a duração inicial de cinco anos.
A reunião foi conduzida pela presidenta da República, Dilma Rousseff, pelo presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso. O MCTI e o JRC poderão realizar e facilitar atividades em conjunto  em todas as áreas científico-tecnológicas de interesse comum. Confira a declaração conjunta aprovada.
Nas áreas científico-tecnológicas listadas no acordo, meio ambiente foi incluído na prevenção de desastres e gestão de crises, com base no Diálogo Setorial JRC-MCTI sobre previsão de inundações e monitoramento, que continuará a apoiar a criação do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta Precoce de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI). Outro foco são as mudanças climáticas e a gestão sustentável dos recursos naturais, que inclui florestas, uso da terra, da água, dos solos, desertificação e recursos biológicos e de serviços ecossistêmicos.
A área de energia inclui bioenergia, redes inteligentes, energias renováveis e segurança nuclear. Outras quatro áreas foram incluídas na cooperação de CT&I. Segurança alimentar; bioeconomia direcionada especialmente a biotecnologia; tecnologias da informação e da comunicação (TICs), que inclui geoinformação e aplicações espaciais; e nanotecnologia.
Termos
As duas partes concordaram em permitir acesso equivalente às instalações laboratoriais, equipamentos e material para a realização de atividades científicas e tecnológicas, incluindo testes, avaliações, normalização e certificação. Haverá intercâmbio de informações científicas e tecnológicas para a disseminação de resultados de pesquisa, que poderá ocorrer por meio de seminários conjuntos, workshops e conferências.
O Ciência sem Fronteiras (CsF) também integrará o acordo na capacitação de cientistas, engenheiros e especialistas técnicos, em apoio à pesquisa conjunta, desenvolvimento de conteúdo, concessão de bolsas e financiamento de atividades temáticas cooperativas para benefício mútuo e de valor agregado. Os termos dos editais que serão lançados pelo programa ainda não foram definidos. Está previsto ainda, o uso compartilhado de infraestrutura científica, como observatórios, navios e satélites.
Para conduzir o acordo, será nomeado um grupo de coordenação composto por dois copresidentes, um do MCTI e um do JRC. Eles serão responsáveis pelo desenvolvimento do programa de trabalho bienal inicial para promover atividades de cooperação, bem como pela realização de reuniões de alto nível.
Leia mais.

Texto: Ricardo Abel – Ascom do MCTI (atualizado em 24/01/2013)

Oficina discute matriz energética sustentável e combate à desertificação

Nesta sexta-feira (25), a partir das 8h, será realizada na sede do Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTI), em Campina Grande, a oficina Subsídios para a Sustentabilidade da Matriz Energética Visando ao Combate à Desertificação.
A oficina de trabalho consiste na primeira ação do Projeto Eficiência Energética para Empresas Cerâmicas no Bioma Caatinga e tem como objetivo reunir os coordenadores de programas relacionados ao tema, a fim de articular as diversas iniciativas, visando construir uma agenda comum que contribua para otimizar o uso sustentável dos recursos florestais da região.
Trata-se de uma iniciativa do Departamento de Combate à Desertificação (DCD/MMA), por meio do seu diretor Francisco Barreto Campello, em parceria com a Fundação Parque Tecnológico (PaqTcPB), por intermédio do Centro de Produção Industrial Sustentável (Cepis).
“Serão apresentados, individualmente, os projetos das instituições presentes, para buscarmos encontrar semelhanças entre as ações e articularmos uma agenda de colaboração para 2013”, explica a coordenadora do projeto, Aluzilda Janúncio de Oliveira.
Dentre as iniciativas para a convivência com as estiagens, o uso sustentável da vegetação nativa para ofertar biomassa florestal na matriz energética e segurança alimentar para os rebanhos, associado a tecnologias de maior eficiência energética industrial, apresenta-se como alternativa de grande impacto para reverter o processo que se desenvolve nas áreas suscetíveis à desertificação. Nesse sentido, o Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com a Caixa Econômica Federal, tem realizado esforços por meio dos seus instrumentos de fomento para promover a sustentabilidade da matriz energética das indústrias cerâmicas e gesseiras.
Leia mais.

Texto: Catarina Buriti – Ascom do Insa

Nota do Blog: gostaríamos de divulgar esse tipo de atividade com antecedência, mas infelizmente tem acontecido das informações nos chegarem 'em cima da hora'.


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

A Seca no RN

Não falta água para os usos prioritários (humano e animal, urbano e rural, e industrial) no RN, numa época como essa a barragem de Açu, no centro do Estado, detém ainda mais de 1 bilhão de m³ e libera pela sua comporta mais de 2 vezes o consumo de toda a população do Estado de 6.000 L/s, sem contar as maiores barragem do rio Apodí (Santa Cruz e Umarí) que se encontram também com mais de 50% de armazenamento e os rios perenes do litoral e as águas subterrâneas dos aquíferos Barreiras, Jandaíra e Açu, no litoral e interior. A solução definitiva do problema de abastecimento do RN passa por um amplo programa de abastecimento rural com adutoras formando um sistema integrado a partir das maiores barragens do Estado, com investimentos médios anuais de R$ 20,00/pessoa amortizados em 50 anos. Portanto, o problema é antes de tudo político. Dessa forma, a questão maior da seca passa pela convivência e adaptação das atividades agropecuárias com as condições climáticas da região, tendo em vista que a atividade de irrigação é bastante restritiva, em grande escala, viabiliza-se apenas nas proximidades de grandes fontes hídricas, requer grandes consumos de água e viabilidade econômicas para o seu desenvolvimento. É importante se destacar que, atualmente, a atividade agropecuária do semiárido, que envolve menos de 30% da população do semiárido, apesar da sua importância social, apresenta-se com economia cada vez mais inexpressiva no contexto regional.
Prof. João Abner – UFRN.

Abaixo, comentário do autor enviado ao blog, por ocasião da autorização para publicação da nota acima.
Sem dúvida
Apesar do meu discurso otimista, uma espécie de provocação, no NE encontra-se um dos semiáridos mais chuvosos do mundo, com precipitações médias de 700 mm  e com uma grande infraestrutura de açudes (pequenos médios e grandes) distribuídos em todo o seu território, hoje praticamente não existe locais topograficamente disponíveis para a construção novas grandes barragens, não podemos deixar de reconhecer a conjuntura socioeconômica extremamente desfavorável do semiárido, sendo o mesmo um dos mais povoados do mundo, com essa população convivendo numa economia estagnada em patamares muito baixo. Portanto, dado o nível de desorganização da sociedade e desvios das políticas públicas, é natural que um seca como essa que atinge a região provoque os efeitos nefastos denunciados.
A questão é: o que nós todos estamos fazendo para mudar isso?
Basta de esperar pelo poder público corrompido pela indústria das secas!
Será que não chegou a hora da sociedade civil do NE intervir nesse processo?

Novo sistema do Inpe reduz margem de erro nas previsões de tempo

O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/Inpe) aumentou em até 60% o acerto na previsão  meteorológica para o período de 24 horas. 
Com seu novo sistema de assimilação de dados, o centro reduziu a média da margem de erro nas previsões de 1,4 para 0,6 grau Celsius. O avanço se deve à ampliação da capacidade de processamento de observações meteorológicas, de dezenas de milhares para milhões, principalmente em função de dados provenientes de satélites.
O sistema passou a ser utilizado neste mês, após aproximadamente um ano em teste. O aprimoramento na performance do serviço é fruto de uma parceria com instituições e pesquisadores norte-americanos.
O centro do Inpe, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), trabalha com novas ferramentas desde a aquisição, em 2010, de um supercomputador para previsão do tempo, batizado de Tupã. O equipamento – adquirido com recursos do ministério e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) – é um modelo XT6 da empresa norte-americana Cray Inc., vencedora da licitação internacional, capaz de realizar 258 trilhões de cálculos por segundo. Está entre os mais rápidos do mundo na área.
O coordenador do Grupo de Desenvolvimento em Assimilação de Dados (GDAD) do CPTEC, Luís Gustavo de Gonçalves, explica que o Tupã permitiu o aumento da capacidade de inserção dos dados no sistema de assimilação. O supercomputador possibilitou a implantação da nova técnica de assimilação que permite a utilização de dados de satélites, além dos convencionais, em que a coleta de informações usa instrumentos instalados em boias, navios, aviões e estações de superfície terrestre, que permitem a medição de variáveis como vento, temperatura, umidade e pressão atmosférica.
Parceria
Segundo o meteorologista, o programa, que faz a combinação dos dados, é resultado de um esforço iniciado por meio da parceria com a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa, na sigla em inglês) e o Centro Operacional de Previsão dos Estados Unidos (NCEP) para aprimorar a previsão do tempo. “É uma técnica que trouxemos e implementamos no Brasil. Só foi possível com a vinda do Tupã, quando aumentamos a capacidade de processamento”, afirma.
“Para que essa técnica de assimilação de dados variacional tridimensional ou mais comumente chamada de 3DVar pudesse ser instalada em nossos sistemas operacionais, foi feita a parceria com pesquisadores norte-americanos para a implementação do Gridpoint Statistical Interpolation [GSI], que permite utilizar o 3DVar em nossos modelos operacionais”, acrescenta.
O meteorologista do CPTEC avalia que a utilização somente dos dados convencionais passou a ser insuficiente para atender a demanda da sociedade, que exige cada vez mais informações precisas e localizadas. “As pessoas passaram a querer saber se vai chover em localidades específicas numa mesma região, como no seu local de trabalho ou na praia onde pretendem passar o fim de semana”, comenta.
A nova realidade tornou necessário o uso mais sistemático dos dados de satélites. “E o nosso sistema anterior de ingestão ou de assimilação de dados só permitia que usássemos até um determinado limite – e, na sua maioria, dados convencionais”, ressalta. Ele lembra, ainda, que uma das principais características do CPTEC, que o torna referência mundial, é a possibilidade de fornecer previsões para qualquer parte do planeta.
Metodologia
“São poucos centros que têm essa capacidade”, afirma o coordenador do GDAD, unidade da Divisão de Modelagem e Desenvolvimento, que trabalha com a combinação das informações medidas em várias partes do mundo em horários determinados. “Nós usamos essa fotografia do estado atual da atmosfera como condição inicial e fazemos a previsão do tempo usando os nossos modelos numéricos”, explica Gonçalves.
Para o meteorologista, a implantação do novo sistema não encerra o trabalho de aprimoramento. “Tivemos um grande salto, mas não para por aqui. Vamos continuar, gradativamente, melhorando a qualidade da previsão por meio da pesquisa, da inclusão de novos dados e da melhoria do sistema”, conclui.

Fonte: portal do MCT.

NASA’s Climate Drones Research at 65,000 Feet

Some NASA researchers believe the key to better climate science is sitting about 65,000 feet above the Pacific Ocean. This month, they’re going up there.

The project, called ATTREX (Airborne Tropical TRopopause EXperiment), will provide measurements of moisture and chemical composition, radiation levels, meteorological conditions, and trace gas levels in the high atmosphere. A slew of climate specialists hope to collect unprecedented amounts of data from the tropopause, the boundary between the troposhere (where most weather phenomenon take place) and the stratosphere. The ultimate goal, according to principal investigator Eric Jensen, is to improve the mathematical models scientists use to predict climate change.

"It turns out that even the smallest changes in the humidity of the stratosphere are important to climate," he says. "As we put more greenhouse gasses in the atmosphere, there are going to be changes in the tropopause that will affect the air going into the stratosphere. This will have a feedback effect on climate change. It could dampen or magnify it." With more data from this vital region, he says, climate-change models can give us a better sense of what’s coming.

Climate researchers first realized the importance of this region more than a decade ago. Greenhouse gases seem to cause the stratosphere to cool, allowing a greater number of clouds to form. This in turn causes a faster depletion of ozone in the stratosphere, as the clouds destroy ozone faster than dry air. Since the composition of the stratosphere affects climate, and the tropopause is the gateway to the stratosphere, understanding how water vapor circulates in this layer is vital to understanding climate change. Without good data on how the air circulates, climate models won’t produce accurate predictions.

The trick to studying the tropical tropopause is finding an aircraft that can withstand the temperatures (as low as minus 115 degrees F) and long-duration flight time required. Traditional manned aircraft can’t breach the altitude the scientists are interested in studying. That’s because in the tropics the troposphere is higher than it is in many parts of the globe, where commercial jets can soar into the stratosphere with ease.

Instead, NASA will use drones. With the two Global Hawks the agency has acquired for the project, Jensen and his colleagues will complete 24-hour missions, during which they can watch and control the craft using a high-speed satellite. "It’s very interactive," he says. "We’re changing parameters in real time. In a way, it’s like we’re in the aircraft . . . even though we’re all sitting in a comfy control room."

The Global Hawk, which can fly about 20,000 feet higher than commercial airliners, has been used for climate research before. In September, the Hurricane and Severe Storm Sentinel began a five-year project flying into and around hurricanes. These five-year campaigns, of which ATTREX is one of the first, are part of NASA’s Earth Ventures project. Low- to moderate-cost missions can get preapproval for five years of research, something that makes it possible to plan for data collection across the globe during different seasons.

Eventually, ATTREX will be moving to Guam and Australia to collect more data. While in Guam, researchers will collaborate with scientists from the U.K. and the National Science Foundation, who will fly their aircraft at different altitudes. Jensen says he hopes the data from three aircraft will provide a more complete picture of what’s happening from the surface to the stratosphere.

The first science flight is scheduled to leave on Jan. 17 or 18 from the Dryden Flight Research Center in California. It can’t come soon enough for Jensen and his team. "It’s going to be exhausting," Jensen says, "Because the flights last for 24 hours, and you just want to stay up for the whole thing."

It could take years before the data collected by ATTREX has any effect on climate-change models, but it could change our picture of the planet’s future.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Sistemas meteorológicos atuantes durante a estação chuvosa


Curso – Sistemas Meteorológicos atuantes durante a Estação Chuvosa do Brasil: ferramentas operacionais de previsão de tempo severo
04 a 06 de fevereiro de 2013
Objetivo: fortalecer os conhecimentos de meteorologia sinótica aplicada à previsão de tempo severo, através da utilização de ferramentas operacionais de prognóstico dos diferentes sistemas meteorológicos que influenciam o tempo durante a estação chuvosa do Brasil.
Público-alvo: Graduados em Meteorologia
Fonte: portal do CPTEC/INPE

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

What Can Obama Do about Climate Change?

Climate change appears to have climbed to the summit of policy promises yesterday when President Obama vowed in his second inaugural address to confront carbon emissions, because anything less would "betray our children."
He lingered on the issue in a speech filled with snap references to national priorities, devoting more time to the interwoven policies of climate, energy and environmental hazards than to war, deficits and immigration. It was a promise for action that stood in dramatic contrast to his near-silence on the politically difficult issue in the months preceding the November election.
"We will respond to the threat of climate change, knowing that the failure to do so would betray our children and future generations," Obama said to cheers. "Some may still deny the overwhelming judgment of science, but none can avoid the devastating impact of raging fires, and crippling drought, and more powerful storms."
The address captured what some advocates had hoped to hear from Obama following the bruising impacts of widespread disasters last year, including a drought that sizzled 60 percent of the nation and damages from Superstorm Sandy exceeding $50 billion. Last year was the warmest on record in the United States, which registered 90 percent of the world's insured losses from disasters.
If advocates doubted the president's strategy before, those concerns seem to have dissolved with his curtain-raising speech.
"President Obama's clarion call to action on the threat of climate change leaves no doubt this will be a priority in his second term," Alden Meyer, policy director for the Union of Concerned Scientists, said in a statement. He added that it will take a "sustained campaign" to establish policies that reduce emissions.
Now the question turns to what Obama can accomplish. His climate priorities are unknown and his address yesterday failed to set out his goals, but that could come later in his State of the Union address.

In full/Completa: here/aqui.

Chuvas voltam e amenizam drama da seca no Nordeste

Depois de um longo período sem ver a água cair do céu, os sertanejos do Nordeste puderam comemorar a volta das chuvas nos últimos dias. Apesar de estarem longe de acabar com os problemas gerados pela maior seca dos últimos 30 anos, as chuvas em várias áreas do semiárido amenizaram os problemas da estiagem e garantiram, por enquanto, o abastecimento e a alimentação animal, com a volta do pasto verde. Além disso, elas deram esperança de que as plantações possam voltar a ser feitas nas próximas semanas.
Segundo os laboratórios meteorológicos estaduais, as chuvas nos últimos dias chegaram a atingir 100 mm de precipitação (cada milímetro corresponde a um litro de água em uma área de 1 m²). No Ceará, a Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos) informou que choveu no fim de semana e nesta segunda-feira (21) em 51 municípios. Em Catunda, a precipitação alcançou 104 mm e foi a maior do Estado.

Divulgação/Laboratório de Processamento de Imagens da Ufal
  • Áreas em vermelho mostram diminuição da seca no sertão nordestino nos últimos dois meses
    Por Carlos Madeiro
    Do UOL, em Maceió

    Veja matéria completa no Portal UOL.

Seca no Nordeste: Arcebispo critica inércia do governo

Diante da situação devastadora enfrentada pelo Rio Grande do Norte com os efeitos da seca e a possibilidade de mais nove anos de escassez de chuvas pela frente, o arcebispo metropolitano de Natal Dom Jaime Vieira Rocha alertou para a necessidade de políticas públicas para a convivência com a seca e criticou a inércia dos governantes potiguares em relação à adoção de medidas definitivas. "A cada seca, parece que nós somos pegos de surpresa, parece que não nos adequamos à convivência com o semiárido", disse o arcebispo.

Dom Jaime Vieira esteve na Paraíba, na última quarta-feira, 16, onde a Assembleia Legislativa paraibana lançou a Campanha SOS Seca que tem como objetivo chamar a atenção dos governos Federal e Estadual para ações emergenciais e duradoras que resultem em melhorias das condições na convivência com a estiagem.

"Os deputados fizeram uma caravana pela Paraíba e constataram as dificuldades de cada região. Essa experiência resultou na elaboração de um documento oficial que reúne as recomendações dos parlamentares. O que me parece é que nós estamos ainda tentando aprender como lidar com a seca e suas consequências, quando, na verdade, já tínhamos que ter avançado nisso e estarmos aplicando medidas definitivas. Nós temos que questionar e cobrar a quem compete a viabilidade das soluções concretas e imediatas de enfrentamento à problemática da seca", disse o arcebispo.

Dom Jaime Vieira foi enfático ao afirmar que é preciso que a própria população, a sociedade civil organizada e entidades reconhecidas se mobilizem para que sejam tomadas medidas efetivas de convivência com a seca e que deixem de alimentar o que ele chamou de "velha indústria da seca". "É preciso que as nossas bancadas se articulem para ver que ações nós podemos empreender como estado, como governo e como sociedade civil para enfrentar essa problemática. Precisamos de políticas públicas que tenham continuidade e não de políticas de governo que somente alimentam a velha indústria da seca", afirmou o arcebispo.

No último domingo, a Tribuna do Norte publicou reportagem mostrando as projeções feitas pelo professor Luiz Carlos Baldicero Molion,  PHD em Meteorologia e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas, sobre os ciclos históricos das estiagens na região do semiárido nordestino. Para o professor  Molion, é grande a possibilidade da região enfrentar um novo ciclo de invernos abaixo  da média intercalados com períodos de estiagem pelos próximos nove anos. A projeção dele tem como base os estudos sobre o comportamento das temperaturas nos oceanos, relacionados com os levantamentos dos dados das séries históricas de chuvas nos estados nordestinos.  
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"É arriscado dar como certo nove anos de chuvas escassas"

De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado (Emparn), não há registro histórico de seca por nove anos consecutivos no Rio Grande do Norte que comprovem a possibilidade da projeção feita pelo professor Molion. O meteorologista José Uelinton Pinheiro explica que os dados da climatologia do Rio Grande do Norte, disponíveis a partir de 1911, revelam que nunca se observou nove anos consecutivos de estiagem. "Já tivemos até três anos consecutivos de estiagem, mas nove anos nunca. A climatologia, o passado histórico das chuvas, não concorda com essa projeção", disse.

Segundo ele, a tecnologia disponível hoje permite que se faça uma previsão de 3 a 6 meses de antecedência. "Mesmo assim, em alguns casos, esse limiar de antecedência não é possível porque o comportamento da atmosfera às vezes apresenta um comportamento indeciso que não nos permite tirar conclusões mais concretas", explicou.

José Uelinton explica que a previsão da estação chuvosa é feita com dados globais de dezembro e início de janeiro. "É avaliado o comportamento tanto do Oceano Atlântico como do Pacífico; a temperatura da superfície do mar, ventos; pressão; radiação de ondas longas; entre outros aspectos. Esses dados nos permitem uma previsão com mais confiabilidade", disse José Uelinton.

Para o professor de Física e integrante do grupo de pesquisa de Ciências Climáticas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Francisco Alexandre da Costa, "é muito arriscado dar como certo que o semiárido terá nove anos consecutivos de chuvas escassas". E reforça o ponto de vista técnico: "Hoje, se trabalha com previsões climáticas com três, quatro meses de antecedência. Falar em uma previsão de nove anos de antecedência é muito difícil".

O professor entretanto, faz uma distinção entre o trabalho desenvolvido pelos meteorologistas da Emparn e as conclusões do estudo feito pelo professor Luiz Carlos Molion. Estas devem  ser vistas como "uma projeção e não como uma previsão".  Nem por isso, o estudo, segundo ele, deixa de ter importância.

"Essa discussão", disse Francisco Alexandre, "nos traz uma reflexão para a importância das previsões climáticas para o Nordeste do Brasil, sobretudo para o planejamento de ações do governo. É preciso que os gestores tenham a preocupação de ter políticas públicas que fortaleçam a convivência adequada da população com o meio em que se vive". O professor reforçou que com as previsões, os gestores podem buscar mais informações e conhecimento de atividades econômicas adequadas para o semiárido. "O Brasil está começando a entender que esse é um problema que precisa ser enfrentado", afirmou.

O trecho acima é parte de matéria publicada no jornal potiguar Tribuna do Norte e pode lida na íntegra aqui.



segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Diretor da AEB se reúne com governadora do Rio Grande do Norte

No final da manhã desta sexta-feira (18), o diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), Carlos Gurgel, foi recebido pela governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini. O encontro em Natal foi uma iniciativa do governo estadual para captar cooperações voltadas para o desenvolvimento científico e tecnológico.
Participaram da audiência a diretora-presidenta da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (Fapern), Maria Bernardete Cordeiro, e a reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ângela Paiva. O representante da AEB também visitou o campus da universidade.
Durante a reunião com a governadora, foram discutidos possíveis projetos e ações entre a UFRN, a AEB e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), que deverão receber o apoio do governo potiguar, em especial por meio da Fapern.
“Essa cooperação com os governos pode gerar resultados ainda mais interessantes, pois pesquisas com satélites podem ser usadas em estudos do Ibama, regularização fundiária, Emater, Embrapa e muitas outras instituições de diferentes autarquias”, disse Gurgel.
A governadora Rosalba ratificou o compromisso do estado em cooperar no que for necessário para viabilizar centros de pesquisas ou formação técnica voltada para as pesquisas desenvolvidas pela agência. “Temos total interesse em colaborar, inclusive há editais da Fapern abertos que podem ser utilizados para essa finalidade. Seria um prazer para o Rio Grande do Norte fazer parte de estudos de ponta”, disse.
Visita à UFRN
Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Gurgel discutiu com a reitora Ângela Paiva Cruz e a vice-reitora Maria de Fátima Freirede Melo Ximenes a possibilidade de cooperação entre as duas instituições.
Também estavam presentes o chefe do Centro Regional do Nordeste do Inpe, Manoel Mafra, pró-reitores, diretores de centros e professores das áreas de física e geografia.
Ângela Paiva fez uma apresentação resumida da UFRN, falando do empenho da instituição em trabalhar os arranjos produtivos que contribuam para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte e do Brasil, focando sua atuação também na pesquisa aplicada. Ela também informou sobre os projetos de criação de um curso de graduação em engenharia espacial, de uma pós-graduação em ciências atmosféricas e de um curso de especialização à distância na área espacial.
A instituição, segundo sua dirigente, tem expertise em áreas como ciências atmosféricas e astronomia e precisa de garantias do governo federal para “investir nessa área, e crescer”. Ela destacou que a educação a distância tem sido uma referência nacional e que a preocupação com a qualidade é a mesma dedicada à educação presencial.
O diretor de Satélites da Agência Espacial Brasileira afirmou que a instituição do MCTI tem interesse em trabalhar com as instituições de ensino superior, uma vez que “o processo de formação e pré-qualificação dos recursos humanos tem que estar na academia”. A Diretoria de Satélites, afirmou ele, está com a tarefa de conhecer o que as universidades estão fazendo e consolidar as cooperações existentes.
Carlos Gurgel afirmou que a presença do Inpe já provoca a universidade a ter uma relação com a Agência Espacial Brasileira. “Algumas universidades precisam consolidar os estudos espaciais e acho que uma dessas universidades é a UFRN”, disse.
O diretor da AEB apresentou o Programa Nacional de Atividades Espaciais (Pnae) 2012-2021 e falou sobre alguns projetos, dentre os quais a criação de um curso de especialização à distância na área espacial, cuja proposta está sendo encaminhada ao Ministério da Educação (MEC). A expectativa, segundo ele, é que a pasta federal envolva as instituições.

Fonte: Portal do MCT.

Obama: Não responder à mudança climática seria "traição a gerações futuras"

O presidente norte-americano, Barack Obama, disse nesta segunda-feira (21) em seu discurso de posse que não responder à "ameaça da mudança climática" seria uma "traição às gerações futuras".
"Ainda achamos que nossas obrigações como americanos não são só para com nós mesmos, mas com a posteridade", expôs Obama. Ele insistiu que "alguns ainda podem negar as provas arrasadoras da ciência", mas ninguém pode escapar "ao impacto devastador" de incêndios, secas e tempestades cada vez mais poderosas.
O aquecimento global é um dos temas que Obama insistiu durante os longos meses de sua campanha eleitoral para a reeleição, no ano passado, tanto pela necessidade de segurança energética como para evitar desastres naturais cada vez mais destrutivos.
"O caminho em direção a novas fontes de energia será longo e, às vezes, difícil, mas os Estados Unidos não podem resistir a esta transição. Nós devemos liderá-la", pediu Obama. "Não podemos ceder a outras nações a tecnologia que vai ser a energia dos novos empregos e das novas indústrias", lembrou.

 O trecho acima é parte de matéria publicada no portal UOL.


Alerta: RN terá mais nove anos de seca

Abaixo trechos de matéria publica no jornal Tribuna do Norte, de Natal-RN. Acreditamos que vale a pena como reflexão, sobretudo para gestores públicos da região Nordeste do Brasil.

O Rio Grande do Norte terá, assim como a Paraíba, mais nove anos de estiagem. A projeção é do professor Luiz Carlos Baldicero Molion, PHD em Meteorologia e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas. Ele afirma que os estudos sobre o comportamento das temperaturas nos oceanos, relacionados com os levantamentos dos dados das séries históricas de chuvas nos estados nordestinos, indicam que haverá um longo período seca na região. "Será preciso medidas emergenciais nos próximos anos. Mas é preciso ultrapassar o imediato. Não se pode mais perder tempo e adiar as ações que criem condições para ao desenvolvimento ao  aproveitar as características", destaca.
Com dezenas de artigos publicados sobre clima e hidrologia, Luiz Carlos Baldicero Molion desenvolve diversas pesquisas sobre as causas e a previsibilidade das secas do Nordeste. Ele é pesquisador e um representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial.

O professor alerta que os estados do Nordeste precisam estar preparados para um longo período de poucas chuvas nos próximos anos. "Não gosto da palavra 'seca', porque a região já tem essa característica quase de forma permanente. Trata-se de mais um período com chuvas abaixo da média", disse, à reportagem da TN.

Na última quarta-feira, ele esteve em João Pessoa para participar do lançamento da campanha "SOS Seca Paraíba". A iniciativa foi da Assembleia Legislativa, durante solenidade no Hotel Tambaú. "Nos próximos nove anos, vamos ter chuvas abaixo do normal, em relação ao período entre 1977 e 1998", diz o pesquisador. De acordo com Molion, a seca de 2012 foi uma das mais severas dos últimos 60 anos. "E as perspectivas não são melhores para os próximos anos", avisa. Segundo ele, o epicentro da seca foi o Sertão, onde, nos meses de fevereiro, março e abril do ano passado, choveu entre 300 mm e 400 mm a menos do que no ano de 2011.

Segundo ele, as secas constantes e severas no semiárido nordestino têm relações diretas com fenômenos que ocorrem no Oceano Pacífico. Ele lembra que em torno de 71% da superfície da terra é coberta pelos oceanos. Por isso, a temperatura das águas oceânicas influenciam o comportamento das chuas. "Quando as águas do Pacífico estão frias, as chuvas nos Estados nordestinos são reduzidas. Quando as águas esquentam no Pacífico, as chuvas aumentam por aqui", explica.

O Oceano Pacífico controla os fenômenos El Niño e La Niña. Quando ocorre o El Niño, há seca no Norte e Nordeste e chuva no Sul, Centro Oeste e Sudeste. Quando ocorre o La Niña, chove no Norte e no Nordeste e faz seca no Sul, Sudeste e Centro Oeste.

Estudos citados por Molion apontam que, na Paraíba, entre 1947 e 1976, na fase fria do Pacífico, choveu em média 650 mm por ano. No período de 1977 a 1998, as chuvas aumentaram para 760 mm. Foi o período quente no oceano. Ele afirma que os números não são tão precisos com relação ao Rio Grande do Norte, mas é possível constatar, com segurança, que o comportamento pluviométrico no território potiguar é semelhante ao do paraibano, uma vez que os dois estados estão na mesma região geofísica. Em dezembro de 2012, Molion fez previsões para o período de fevereiro, março e abril deste ano de 2013 no interior da Paraíba e de outros Estados do Nordeste. A conclusão é que o modelo climático mostra uma redução de 50 mm a 150 mm por ano. As chuvas estarão abaixo do normal em todo o Nordeste. O ano de 2012 foi igual a 1951. Molion utilizou dados de 1952 para planejar a previsão para 2013. A tendência é de chuvas abaixo do normal. "A situação permanecerá. Não vejo boas perspectivas para 2013", diz. 

Mas ele admite a possibilidade de um quadro menos desolador, na hipótese de haver trovoadas a partir de 20 de janeiro. "Mas entre abril e maio, as chuvas certamente serão reduzidas", alerta Molion. "Hoje, estamos retornando ao período de 1947-1976, quando as águas do Pacífico esfriaram", disse Molion. Por isso, a possibilidade de mais nove anos de estiagem.
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Cientista aponta alternativas para estiagem

A seca é uma característica da região Nordeste, embora alguns períodos, como o atual, a estiagem fique mais acentuada. A avaliação é do professor  e pesquisador Luiz Carlos Baldicero Molion. Além disso, aponta ele, as fases de chuvas abaixa da média são cíclicas, ou seja, retornam periodicamente.

Uma região com essa característica, defende Molion, precisa aprender a conviver com a seca e, ao mesmo tempo, tirar proveito do fato de ter incidência do sol o ano todo, uma vez que não tem invernos. "Existe, é um fenômeno climático, mas é possível conviver bem com ela, desde que ocorra mudança de filosofia de vida, no que diz respeito à produção agrícola, a partir de projetos viáveis a este tipo de clima, realidade que já ocorre em várias regiões áridas do mundo", destaca.

O professor disse que o Nordeste tem vocação agrícola, desde que se dê prioridade às culturas que se adaptam as condições regionais e se faça a adução de água das regiões que possem o recurso para as que não possuem. "Os Estados Unidos tem lucro de dezesseis bilhões de dólares por ano, com plantas medicinais. Aqui, na Paraíba, precisamente em Mamanguape, está sendo produzida uva de boa qualidade. No Rio Grande do Norte tem a produção de melão. Por que outras cultura adaptadas?", questiona.

O professor Luiz Carlos Molion lembra que a Califórnia foi transformada no "pomar do mundo", apesar de ser uma região árida, onde a precipitação pluviométrica anual é inferior a do Nordeste brasileiro. "O que falta ao Brasil é uma mudança de filosofia, de mentalidade quanto à forma de conviver com a seca. A estiagem é uma realidade, mas é viável conviver com ela, inclusive, tirar proveito desse tipo de clima. É preciso aliar obras de infraestrura e tecnologia a culturas viáveis às condições climáticas da região Nordeste", declara.

Leia matéria completa no site da Tribuna do Norte-RN


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Meteorologistas se reúnem para fazer análise climática para 2013

Na próxima semana, de 22 a 24 de janeiro, o meteorologista da EMPARN Gilmar Bristot irá participar do 15º Workshop Internacional de Avaliação Climática para o Semiárido Nordestino. O principal objetivo do encontro é elaborar o documento com a previsão da estação chuvosa para os meses de fevereiro, março e abril no semiárido.

O evento é realizado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). No final do mês de fevereiro, outro encontro acontece em Natal, para traçar a previsão meteorológica dos meses de março, abril e maio.

Nesta 15ª edição, estarão reunidos pesquisadores das instituições meteorológicas dos estados no Nordeste brasileiro, além de representantes do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE) e de centros meteorológicos internacionais.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Ciências Climáticas: o quê estudar?

Abaixo reproduzimos, no original inglês, um post recente do blog Real Climate, mantido pelo Dr. Gavin Schmidt, pesquisador do Centro Goddard da NASA.

 What to study?


Filed under: Climate Science — gavin @ 15 January 2013 


I recently got an email from newly graduated Math(s) major (mildly edited):

I am someone with a deep-seated desire to help the planet remain as habitable as possible in the face of the trials humanity is putting it through. I’d like to devote my career to this cause, but am young and haven’t chosen a definitive career path yet. My bachelors is in pure math and I am considering graduate study in either applied math or statistics. I’m curious what you would recommend to someone in my position. Between getting, say, a PhD in statistics vs. one in applied math, what positions me best for a career in the climate science community? What are its acute needs, where are the job opportunities, and how competitive is it?
My response was as follows (also slightly edited):

As you may know I too started out as a mathematician, and then moved to more climate related applications only in my post-doc(s).
I can’t possibly give you ‘the’ answer to your question – but I do suggest working from the top down. What do you see specifically as something where someone like you could have maximum impact? Then acquire the skills needed to make that happen. If that seems too hard to do now, spend time on the developing your basic toolkits – Bayesian approaches to statistics, forward modeling, some high level coding languages (R, python, matlab etc.), while reading widely about applications.
One of the things I appreciated most in finding my niche was being exposed to a very large number of topics – which while bewildering at the start, in the end allowed me to see the gaps where I could be most useful. At all times though, I pursued approaches and topics that were somewhat aesthetically pleasing to me, which is to say, I didn’t just take up problems just for the sake of it.
I’ve found that I get more satisifaction from focusing on making some progress related to big problems, rather than finding complete solutions to minor issues, but this probably differs from person to person.
But what do other people think? How should people prepare to work on important problems? Are there any general rules? What advice did people give you when you were starting out? Was it useful, or not? Any advice – from existing researchers, graduate students or interested public – will be welcome.

Black carbon larger cause of climate change than previously assessed

Black carbon is the second largest man-made contributor to global warming and its influence on climate has been greatly underestimated, according to the first quantitative and comprehensive analysis of this issue.
Key findings
  • Black carbon has a much greater (twice the direct) climate impact than reported in previous assessments.
  • Black carbon ranks “as the second most important individual climate-warming agent after carbon dioxide”.
  • Cleaning up diesel engines and some wood and coal combustion could slow the warming immediately.
The landmark study published in the Journal of Geophysical Research-Atmospheres today says the direct influence of black carbon, or soot, on warming the climate could be about twice previous estimates.  Accounting for all of the ways it can affect climate, black carbon is believed to have a warming effect of about 1.1 Watts per square meter (W/m²), approximately two thirds of the effect of the largest man made contributor to global warming, carbon dioxide. Co-lead author David Fahey from the U.S. National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) said, “This study confirms and goes beyond other research that suggested black carbon has a strong warming effect on climate, just ahead of methane.”  The study, a four-year, 232-page effort, led by the International Global Atmospheric Chemistry  (IGAC) Project, is likely to guide research efforts, climate modeling, and policy for years to come.
The report’s best estimate of direct climate influence by black carbon is about a factor of two higher than most previous work, including the estimates in the last Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) Assessment released in 2007, which were based on the best available evidence and analysis at that time.
Scientists have spent the years since the last IPCC assessment improving estimates, but the new assessment notes that emissions in some regions are probably higher than estimated. This is consistent with other research that also hinted at significant under-estimates in some regions’ black carbon emissions.  
The results indicate that there may be a greater potential to curb warming by reducing black carbon emissions than previously thought. “There are exciting opportunities to cool climate by reducing soot emissions but it is not straightforward. Reducing emissions from diesel engines and domestic wood and coal fires is a no brainer, as there are tandem health and climate benefits. If we did everything we could to reduce these emissions we could buy ourselves up to half a degree less warming--or a couple of decades of respite,” says co-author Professor Piers Forster from the University of Leeds’s School of Earth and Environment.
The international team urges caution because the role of black carbon in climate change is complex.  “Black carbon influences climate in many ways, both directly and indirectly, and all of these effects must be considered jointly”, says co-lead author Sarah Doherty of the University of Washington, an expert in snow measurements. The dark particles absorb incoming and scattered heat from the sun (solar radiation); they can promote the formation of clouds that can have either cooling or warming impact; and black carbon can fall on the surface of snow and ice, promoting warming and increasing melting.  In addition, many sources of black carbon also emit other particles whose effects counteract black carbon, providing a cooling effect.
The research team quantified all the complexities of black carbon and the impacts of co-emitted pollutants for different sources, taking into account uncertainties in measurements and calculations. The study suggests mitigation of black carbon emissions for climate benefits must consider all emissions from each source and their complex influences on climate.  Based on the analysis, black carbon emission reductions targeting diesel engines followed by some types of wood and coal burning in small household burners would have an immediate cooling impact.
In addition, the report finds black carbon is a significant cause of the rapid warming in the Northern Hemisphere at mid to high latitudes, including the northern United States, Canada, northern Europe and northern Asia. Its impacts can also be felt farther south, inducing changes in rainfall patterns from the Asian Monsoon.  This demonstrates that curbing black carbon emissions could have significant impact on reducing regional climate change while having a positive impact on human health.  
“Policy makers, like the Climate and Clean Air Coalition, are talking about ways to slow global warming by reducing black carbon emissions. This study shows that this is a viable option for some black carbon sources and since black carbon is short lived, the impacts would be noticed immediately.  Mitigating black carbon is good for curbing short-term climate change, but to really solve the long-term climate problem, carbon dioxide emissions must also be reduced,” says co-lead author Tami Bond from the University of Illinois at Urbana-Champaign. 

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The Report
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/jgrd.50171/abstract