segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Projeto Ciência à Luz de Velas estimula curiosidade científica

Aproveitar o espírito natalino para estimular a curiosidade científica. Engajadas nessa missão, instituições de pesquisa do Brasil decidiram unir esforços para trazer ao país uma experiência de sucesso do cientista britânico Michael Faraday. Na época do Natal, em Londres, em 1860, ele usou uma vela como ponto de partida para explicar diversos fenômenos químicos e físicos numa série de seis conferências ministradas para jovens da Royal Institution, organização dedicada à educação científica e à pesquisa.
 No Brasil, a vela foi escolhida como símbolo de inspiração da curiosidade científica e, também, do espírito acolhedor, para o ciclo de palestras Ciência à Luz de Velas, que será realizado, de terça-feira (27) a 18 de dezembro, na Casa da Ciência da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com a participação de especialistas nas áreas de química e física.
O evento tem o patrocínio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/ MCTI), da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e da Petrobras. A iniciativa, realizada pela UFRJ em parceria com a Sociedade Brasileira de Química, é uma extensão da exposição Cadê a Química, última atividade dentro da programação do Ano Internacional da Química, comemorado em 2011.
Conferências
As conferências de Faraday se tornaram um marco na história da divulgação científica e foram publicadas, em 1861, com o título A História Química de Uma Vela. Posteriormente, o cientista britânico realizou outra série de conferências intitulada As Forças da Matéria. “É a conferência mais famosa do mundo”, comenta o diretor do Departamento de Popularização de Difusão de Ciência e Tecnologia do MCTI, Ildeu Moreira, um dos idealizadores do projeto Ciência à Luz de Velas, que acontece pela primeira vez no Brasil com o caráter natalino.
As palestras acontecem sempre às terças-feiras, com entrada franca. A programação se inicia, na semana que vem, com a apresentação de Moreira, que também é professor do Instituto de Física da UFRJ. Em seguida, o professor Leandro Salazar de Paula, da mesm universidade, falará sobre o tema “De Faraday ao Bóson de Higgs”.
No dia 4 de dezembro, o ex-professor titular do Instituto de Química da UFRJ e professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Carlos Alberto Filgueiras profere a palestra “A química no tempo de Faraday”. O terceiro tema, “A energia e seus usos: de Faraday aos dias atuais”, será tratado, em 11 de dezembro, pelo professor Cláudio José de Araújo Mota, também do Instituto de Química.
O ciclo se encerra com a conferência natalina “Sutilezas do mundo quântico”, em 18 de dezembro, com o professor Luiz Davidovich, do Instituto de Física da UFRJ. Ele é membro da Academia Brasileira de Ciências e colaborador do pesquisador marroquino Serge Haroche, que recebeu o Prêmio Nobel de Física 2012, em função dos trabalhos sobre ótica quântica.
Acesse o site da Casa da Ciência ou o perfil no Twitter.

Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI

Nota do blog
Aparentemente o assunto acima não está relacionado com a temática do Blog. No entanto, basta lembrarmos que o uso da luz de velas e candeeiros, cuja queima emite GEEs, era muito comum até poucas décadas passadas, sobretudo nas regiões com o Nordeste do Brasil. Em particular, o autor desta nota (F.A. da Costa), costumava estudar à noite, até cerca de 16 anos de idade, à luz de velas ou candeeiros, uma vez que não tinha acesso à energia elétrica.

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