sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Brasil se une a programa internacional de pesquisa marinha

Foi lançado na manhã desta quarta-feira, 8, o programa IODP – Capes/Brazil que promove a adesão do Brasil ao Integrated Ocean Drilling Program (IODP). O IODP é um programa internacional de pesquisa marinha que utiliza equipamentos de perfuração pesado montado a bordo de navios para monitorar e retirar amostras do ambiente submarinho.
Para possibilitar que os bolsistas do Programa Ciência sem Fronteiras desfrutem das facilidades científicas do IODP, o Brasil se junta ao programa como membro pleno e terá efetiva participação para treinar pessoas. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) sediará o escritório brasileiro do programa. Em seis semanas deverá acontecer a primeira expedição com pesquisadores brasileiros no mar da Costa Rica.
Rodey Batiza, membro do National Science Foundation, agência do governo norte-americano. Para o desenvolvimento da ciência ressaltou a importância da entrada no Brasil no programa. "Damos boas vindas à comunidade científica brasileira ao mesmo tempo em que precisamos dos conhecimentos dos pesquisadores e engenheiros brasileiros, que pretendem levar o país ao topo da pesquisa em perfuração", afirmou. Segundo Batiza, há muitas oportunidades para o Brasil e para a comunidade global com essa participação.
O IODP é o programa internacional científico mais antigo dedicado a explorar a história e a estrutura da Terra, tendo início em 1958. O Brasil se junta a outros 28 países que já fazem parte do consórcio internacional. "É uma experiência fantástica trabalhar internacionalmente", afirma Bradford Clement, representante do programa e professor de geologia da Florida International University.
As pesquisas do IODP documentam mudanças climáticas, fronteiras da bioesfera e movimentos da Terra, que podem ajudar a entender fenômenos como terremotos e tsunamis. "Nossos barcos de expedição são laboratórios flutuantes, mas também universidades flutuantes", explica Clement, que participou de uma missão do IODP quando era estudante de graduação. "Foi o momento mais importante da minha formação. Você está ao lado dos maiores especialistas do mundo e com todos pensando sobre o mesmo problema ao mesmo tempo", contou.
O presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, destacou a relevância da iniciativa. "A parceria com o IODP surge como continuação do nosso trabalho de indução de formação de pesquisadores para áreas estratégicas do país. Essa é oportunidade única de treinamento dos estudantes brasileiros com a 'mão na massa', principal característica da pós-graduação, uma educação formativa", concluiu.

Leia mais no portal da CAPES.

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