quinta-feira, 14 de junho de 2012

Rio+20: propostas da FAPESP

Agência FAPESP – Três grandes iniciativas da FAPESP, que estabeleceram uma nova abordagem em termos de organização científica, foram apresentadas à comunidade científica internacional no “Forum on Science, Technology and Innovation for Sustainable Development”, realizado esta semana no Rio de Janeiro: o Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), o BIOTA-FAPESP e o Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN).
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Metas e conquistas
Paulo Artaxo, membro da coordenação do PFPMCG, contou que o programa da FAPESP foi concebido desde o início, em 2008, para ser uma iniciativa de longo prazo, com duração mínima de dez anos.
“Levamos dois anos para desenhar e focar o programa em suas prioridades. Hoje, uma das principais prioridades é construir até 2013 um modelo brasileiro do sistema climático com foco em questões regionais fundamentais, como os impactos das mudanças climáticas na Amazônia, no Cerrado e no Atlântico Sul”, explicou.
Uma das prioridades estabelecidas para o PFPMCG é estudar as consequências das mudanças climáticas globais sobre o funcionamento dos ecossistemas, com ênfase na biodiversidade, nos ciclos de carbono, nitrogênio, nos corpos d’água, no balanço de radiação na atmosfera, aerossóis, gases-traço e nas mudanças de uso da terra.
“Outras prioridades são o impacto das mudanças climáticas globais na agricultura, na produção de energia e na saúde humana. Também temos foco nas respostas à vulnerabilidade social e econômica, incluindo iniciativas de adaptação”, disse Artaxo.
Carlos Joly, coordenador do Programa BIOTA-FAPESP, destacou que a FAPESP fez um investimento significativo no programa criado em 1999, somando recursos de cerca de US$ 122 milhões.
“Em 12 anos, o programa BIOTA-FAPESP publicou mais de 1 mil artigos científicos em 260 periódicos, sendo 180 deles indexados na plataforma ISI, incluindo revistas como a Science e a Nature. O programa também gerou mais de 20 livros”, disse.
O programa criou uma base georreferenciada com 102 mil registros de 1.100 espécies, identificando 34 tipos de vegetação nativa no Estado de São Paulo. O sistema integrado utiliza softwares livres. Em 2002, o BIOTA-FAPESP lançou um projeto voltado para descobertas de moléculas da biodiversidade brasileira que possam ser usadas como modelos na indústria.
Entre os principais produtos do programa, segundo Joly, está a produção de uma série de mapas da biodiversidade que foram aplicados em políticas públicas de conservação e restauração da biodiversidade.
“O Estado de São Paulo tem 19 instrumentos legais – entre leis, decretos e resoluções – que foram elaborados com base em resultados do programa BIOTA-FAPESP”, afirmou.
 Por Fábio de Castro, do Rio de Janeiro
 

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