sábado, 4 de dezembro de 2010

Primeiro consenso da COP-16 é sobre educação ambiental

Acordo sobre educação, formação e sensibilização da população sobre as mudanças climáticas é o primeiro em que os 189 países membros entraram em consenso na COP-16, Conferência do Clima que acontece em Cancún, no México. O texto aprovado determina a promoção do conhecimento sobre mudanças climáticas para a população, em especial os jovens, e sua participação neste processo, o desenvolvimento de projetos nacionais e regionais, e ainda estratégias formais e não formais de educação ambiental.
A proposta, liderada pela República Dominicana junto com o grupo G-77 + China, especifica o artigo 6 da Convenção, que previa de maneira ampla a conscientização sobre a mudança climática.
“Este é um passo transcendental, onde não se esperava nenhum resultado, vemos a disposição dos países em negociar. Esta é uma ferramenta poderosa para diminuir as emissões e também mostramos que podemos colocar o interesse comum acima dos particulares para chegar a um consenso”, disse Omar Ramirez, vice-presidente executivo do conselho nacional da República Dominicana para mudanças climáticas.
Para o ministro do Meio Ambiente da Guatemala, Luis Ferraté, este é um grande passo, especificamente para os países que tem problemas de educação. “Temos que conscientizar as pessoas a consumir menos para produzir menos dejetos e melhorar o equilíbrio ecológico”. O lixo é um dos maiores emissões de metano, gás do efeito estufa 21 vezes mais danoso que o CO2.
A atitude foi tida como uma vitória para o subgrupo chamado Sica (Sistema da Integração Centro-americana) que reúne além da República Dominicana, os sete países da América Central continental: Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá. Segundo Ramirez, a região é a uma das três zonas mais vulneráveis ao aquecimento global.
As ações serão focadas em educação, formação, participação, cooperação internacional e reporte de ações. O financiamento de ações também está previsto, assim como um maior destino de verbas nacionais para esta área. Os países devem formar planos nacionais para estabelecer estratégias.
Lilian Ferreira
Do UOL Ciência e Saúde
Em Cancún (México)

Fonte: site do UOL

Comentário do Blog. Realmente uma grande conquista para os países da América Central, pobres em recursos, e frequentemente castigados por alterações climáticas e eventos meteorológicos extremos. Um exemplo a ser seguido por outros países, como o nosso.



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