quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Tudo está conectado

Abaixo parte de uma matéria publicada pelo boletim eletrônico da FAPESP, e que pode ser lido integralmente aqui.

Andreae destacou que a Amazônia funciona como um grande “reator tropical” operado pela biosfera, com interações entre a atividade humana, a ecologia, o clima e a química do ecossistema e da atmosfera.

 “Para compreender os processos e fatores que operam nesse grande reator, precisamos ter uma visão ampla e, além do regime de chuvas, da dinâmica hídrica, da biodiversidade e de outras características da floresta, temos que levar em conta a atividade humana na região”, disse.

 Uma alta do preço do petróleo, por exemplo, pode ter uma influência importante na dinâmica ambiental da Amazônia, segundo Andreae. “Tudo está conectado. Com um preço mais alto do petróleo, o preço do etanol tende a aumentar. Isso faz com que os Estados Unidos produzam mais milho e menos soja, o que acarreta um aumento do preço da soja, tornando esse produto mais atrativo para o produtor brasileiro, cujas plantações poderão avançar sobre a Amazônia”, disse.

 A desconexão entre as análises biogeofísicas e o retorno socioeconômico do sistema, segundo Andreae, é um desafio para os programas de pesquisa que investigam o sistema terrestre, como o Programa da Grande Esfera-Atmosfera da Amazônia (LBA), do qual ele e Artaxo participam.
 Mais informações sobre os eventos da programação científica do Ano da Alemanha no Brasil: http://www.abc.org.br/article.php3?id_article=831

Nota:  O LBA é a sigla em inglês de um programa com nome original em português "Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia", conforme pode ser verificado no  site.


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