quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Aquecimento global causou extinção dos mamutes, diz estudo

Redução da área de pastagem provocada por mudanças climáticas seria a real causa do desaparecimento dos mamutes há 4 mil anos

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Um estudo da britânica Universidade de Durham afirma que os mamutes foram extintos por causa da redução nas áreas de pasto causada por mudanças climáticas, e não em consequência da caça por parte de seres humanos.
De acordo com a pesquisa, a elevação da temperatura do planeta com o fim da época mais fria da chamada Era do Gelo – cerca de 21 mil anos atrás – viu um declínio nas áreas de pradarias nas quais esses animais se alimentavam.
Há cerca de 14 mil anos, os Mammuthus primigenius, ou mamutes-lanosos, que um dia fizeram parte da paisagem europeia, se resumiam ao norte da Sibéria, onde acabaram morrendo 4 mil anos atrás.
As razões dessa extinção são incertas e viraram alvo de um intenso debate entre os cientistas.
Enquanto uns argumentam que o processo está ligado ao aquecimento global, outros defendem que foram as pressões em decorrência de uma população humana crescente.
Uma terceira teoria atribui o fim dos mamutes à colisão de um meteoro.
"O que os nossos resultados sugerem é que a mudança climática – através do efeito que teve sobre a vegetação – foi o fator-chave que causou a redução da população e a extinção dos mamutes e de outros herbívoros de grande porte", afirmou o professor Brian Huntley, que coordenou o estudo.
Grama x florestas 
A pesquisa recriou, através de computador, modelos que simularam a vegetação na Europa, Ásia e América do Norte nos últimos 42 mil anos.
Os cientistas levaram em conta o que se acredita ter sido o comportamento do clima durante esse período e modelos de como determinados tipos de vegetação crescem em diferentes condições.
As baixas temperaturas e as condições especialmente secas da Era do Gelo, combinadas com as baixas condições de emissão de dióxido de carbono, não favoreciam o crescimento de árvores, eles concluíram.
Isso fez com que, em vez de florestas, a paisagem daquela época fosse marcada por vastas áreas de pradarias, ideais para herbívoros de grande porte, como os mamutes.
Com o passar dos anos o clima se tornou mais quente e úmido. No fim da era glacial, a concentração de dióxido de carbono era mais elevada. Como resultado, as árvores tomaram áreas que antes eram de pradarias.
"No ápice da Era do Gelo, os mamutes e outros herbívoros contavam com mais alimentos", disse o pesquisador. "Mas à medida que caminhamos para uma etapa pós- glacial, as árvores gradualmente substituíram os ecossistemas herbáceos e isto reduziu muito a área de pastagem."
Fonte: Portal Ig aqui.

Um comentário:

  1. Acabamos (Núcleo de Estudo em Percepção Ambiental / NEPA) de concluir uma pesquisa - Região da Grande Vitória (ES) - envolvendo cerca de 1000 católicos e evangélicos (metad de cada), voltada ao estudo da percepção ambietnal da sociedade frente à problemática das Mudanças Climáticas. Os dados estão à disposição dos interessados.

    Roosevelt
    roosevelt@ebrnet.com.br

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