sexta-feira, 30 de julho de 2010

Palestra aborda importância da previsão do mar

30/07/2010 - 12:52
As previsões do tempo e condições do mar têm papel importante para a navegação, prática de esporte, resgate de vítimas, entre outras finalidades.  O professor em oceanografia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Clemente Augusto Souza Tanajura, falou hoje (30), na 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Natal (RN), a respeito da empregabilidade da previsão do mar e também sobre os modelos de previsão existentes no Brasil e no mundo.

O professor deu início à conferência com a afirmação de que a previsão precisa ser compreendida como um processo de estimativa. “A previsão é algo complicado porque está tratando de antecipar os fenômenos futuros. Mesmo usando o passado como histórico para estimar o futuro, ainda assim, é incerto”, enfatizou.

Em sua palestra, Tanajura falou ainda onde a previsão é aplicada. “Para uma navegação segura, é imprescindível a previsão do mar. Sem isso, um navio não pode estabelecer sua rota. E, em muitos casos, nem mesmo zarpar em uma expedição. Para resgate de vítimas e embarcações à deriva também são utilizados os dados para identificar as localidades de busca. O caso de lançamento de equipamentos para observação  meteo-oceanográficos é outro exemplo em que não é possível proceder sem a previsão”, descreveu.

Clemente disse, ainda, que nos casos de vazamento de óleo, a previsão é importante para descrever o possível percurso de correntes marinhas. “Equipes que lutam para conter vazamentos de óleo se fazem valer da previsão do mar para identificar o caminho que as manchas de óleo tomarão em um determinado período de tempo”, disse.

Rede Remo
O professor da Universidade da Bahia, Clemente Augusto, apresentou na palestra proferida na 63ª Reunião
Anual da SBPC, sobre a Rede de Modelagem e Observação Oceanográfica, uma parceria entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Rio Grande - FURG, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade de São Paulo (USP), Petrobras, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Marinha do Brasil.
Clemente explicou que a Rede foi constituída principalmente para desenvolver pesquisas e tecnologias em oceanografia física para com modelagem e observação sobre o Oceano Atlântico. Ele acrescentou que estão disponíveis no site da Rede – www.rederemo.org – as previsões oceânicas de curto prazo – de 5 a 7 dias –   produzido diariamente pelos modelos oceânicos HYCOM e ROMS e campos de temperatura da superfície do mar elaborados com dados de sensoriamento remoto. “A ideia da Rede é dar apoio às atividades marinhas. Dessa forma, a área de abrangência se restringe principalmente à costa brasileira onde estão localizados os campos de petróleo”, disse.

Fonte: notícias do MCT (original aqui)

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