terça-feira, 29 de junho de 2010

Pode o Sol ser responsável por parte do aquecimento global?

Os cientistas continuam debatendo se o aumento da atividade solar durante a segunda metade do século 20 aconteceu. Todavia, as maiores estimativas desta atividade não dá conta do aquecimento observado desde 1950.

Estudos indicam que a variabilidade solar teve uma importância fundamental  na mudanças climáticas ocorridas no passado. Por exemplo, acredita-se que a diminuição da atividade solar desencadeou a Pequena Era do Gelo no Hemisfério Norte, aproximadamente entre 1650 e 1850, quando as temperaturas cairam tanto que chegou a congelar rios que desde então nunca mais congelaram.

Os cientistas usam registros naturais ("proxies"), como registros de manchas solares, que têm sido gravados desde a época de Galileu, ou carbono em anéis de árvores, para estimar a quantidade de energia que o Sol tem enviado para a Terra. Embora não sejam perfeitas, estas estimativas fornecem uma primeira aproximação  de quanto a atividade solar tem variado ao longo do tempo. O debate em torno da confiabilidade do use destes "proxies" para a determinação da atividade solar no passado ainda continua, mas as estimativas atuais indicam que o Sol está provavelmente tão ativo quanto, ou mesmo até mais ativio, do que esteve nos últimos 8 mil anos.

Os registros de manchas solares coletados desde 1610 servem de base para estimar a energia emitida pelo Sol. Em geral, um número maior de manchas solares significa uma atividade solar intensa e, por isto, mais energia recebida pela Terra. Em média, existem atualmente mais manchas solares do que durante o Mínimo de Maunder há 350 anos atrás, mas o aumento da atividade solar sozinha não é suficiente para explicar os aumentos de temperaturas que ocorreram desde 1950.


O texto acima é uma tradução/adaptação do artigo publicado recentemente pelo observatório da Nasa, intitulado "Has the Sun been more active in recent decades, and could it be responsible for some global warming?", escrito por  Holli Riebeek, e que pode ser lido, no original inglês, aqui.

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